O líder da Igreja Católica declarou que "somos uma família humana" e alertou que o "apoio humanitário" ou "sentimento de fraternidade" não deve ser baseado na "geografia". O papa ainda insistiu na importância do diálogo e da diplomacia para resolver os conflitos ao redor do planeta.
Por Redação, com ANSA - da Cidade do Vaticano
O papa Francisco afirmou nesta quinta-feira que a "obscura nuvem da guerra" está sobre a Europa Oriental e destacou a importância do diálogo e da diplomacia para resolver os conflitos no mundo.
Papa Francisco durante uma audiência geral no Vaticano
– A Santa Sé continua trabalhando por meio de vários canais para promover soluções pacíficas em situações de conflito e aliviar o sofrimento causado por outros problemas sociais. A obscura nuvem da guerra caiu sobre a Europa Oriental, mas não devemos esquecer que há muitos outros conflitos acontecendo no mundo – disse o Pontífice ao receber os novos diplomatas da Santa Sé do Paquistão, Emirados Árabes Unidos, Burundi e Qatar.
O líder da Igreja Católica declarou que "somos uma família humana" e alertou que o "apoio humanitário" ou "sentimento de fraternidade" não deve ser baseado na "geografia".
– Diante de nossos olhos se consome mais uma vez a imensa tragédia da guerra, que é a pior consequência da destrutividade humana, individual e sistêmica, que não é levada a sério o suficiente e não é devidamente tratada e erradicada – comentou.
Importância do diálogo
O papa ainda insistiu na importância do diálogo e da diplomacia para resolver os conflitos ao redor do planeta.
– Vocês sabem muito bem que a guerra é sempre uma derrota para a humanidade. Apesar dos desafios e contratempos, nunca devemos perder a esperança nos esforços para construir um mundo em que prevaleça a fraternidade, a compreensão mútua e que as disputas sejam resolvidas por meios pacíficos – afirmou Francisco.
Por fim, o Pontífice declarou que a guerra na Ucrânia reacendeu uma "memória distante" no continente europeu.
– Tendo experimentado os efeitos devastadores de duas guerras mundiais e ameaças nucleares durante a Guerra Fria, a maioria das pessoas acreditava que a guerra na Europa era uma memória distante – concluiu Francisco.