O FMI disse que o crescimento global alcançará 3,3% em 2020, contra 2,9% em 2019, que foi o ritmo mais fraco desde a crise financeira há uma década. As estimativas para ambos os anos foram reduzidas em 0,1 ponto percentual em relação às projeções feitas em outubro.
Por Redação, com Reuters - de Washington
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu, nesta segunda-feira, sua estimativa de crescimento global em 2020 devido a desacelerações mais fortes do que o esperado na Índia e em outros mercados emergentes, mas disse que o acordo comercial EUA-China é outro sinal de que o comércio e a atividade manufatureira podem já ter atingido seu pior momento.
O FMI apresentou uma nova pesquisa mostrando que o efeito cumulativo dos conflitos comerciais pode significar redução de US$ 700 bilhões na produção global
O FMI disse que o crescimento global alcançará 3,3% em 2020, contra 2,9% em 2019, que foi o ritmo mais fraco desde a crise financeira há uma década. As estimativas para ambos os anos foram reduzidas em 0,1 ponto percentual em relação às projeções feitas em outubro.
O crescimento vai melhorar ligeiramente a 3,4% em 2021, mas essa estimativa também foi reduzida em 0,2 ponto percentual sobre outubro, disse o FMI.
Previsões
As reduções refletem a reavaliação do FMI das projeções econômicas para vários dos principais mercados emergentes, especialmente a Índia, onde a demanda doméstica desacelerou mais acentuadamente do que o esperado em meio à contração do crédito e ao estresse no setor não bancário.
O FMI também disse que reduziu as previsões para o Chile, devido aos distúrbios sociais, e para o México, por conta da fraqueza contínua no investimento.
O Fundo afirmou que o alívio nas tensões entre os Estados Unidos e a China, que haviam prejudicado o crescimento do PIB em 2019, impulsionou o sentimento do mercado em meio a sinais “tímidos” de que o pior já passou no comércio e na manufatura.
“Esses sinais iniciais de estabilização podem persistir e, eventualmente, reforçar o vínculo entre os gastos do consumidor, ainda resilientes, e os gastos melhorados das empresas”, conclui o relatório.