Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Feira do MST exalta necessidade de uma urgente reforma agrária

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Sexta, 12 de Maio de 2023 às 17:26, por: CdB

Para Ceres Hadich, da coordenação nacional do MST, “a feira traz muito essa intencionalidade de demonstrar a totalidade da reforma agrária e de como a gente chega até esse alimento saudável produzido. O início dessa luta se dá na ocupação de terra, é esse o vínculo que a gente também quer trazer para dentro da feira.


Por Redação - de São Paulo

A Quarta Feira Nacional da Reforma Agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra  (MST)’, realizada no Parque da Água Branca, na capital paulista, desta sexta-feira até domingo, tem mais de 500 toneladas de alimentos, com 1,5 mil itens de produtos comercializados por mais de 1,2 mil feirantes. Desse montante, 25 toneladas serão doadas em uma ação solidária.

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Cerca de 300 famílias ocuparam uma das fazendas que pertence ao Complexo de Fazendas Cambahyba, em Campos dos Goytacazes


Para Ceres Hadich, da coordenação nacional do MST, “a feira traz muito essa intencionalidade de demonstrar a totalidade da reforma agrária e de como a gente chega até esse alimento saudável produzido. O início dessa luta se dá na ocupação de terra, é esse o vínculo que a gente também quer trazer para dentro da feira. Para esse alimento poder chegar aqui, poder massificar e efetivamente fazer com que se cumpra a função social, a gente precisa olhar lá para trás para ver de onde saiu essa primeira luta, e a luta se dá na luta pela terra, na luta pela ocupação”.

Cooperativas


Hadich acrescenta que, dentro da proposta da reforma agrária popular, o objetivo é demonstrar que é possível a produção do alimento sem agrotóxico, de forma agroecológica, com relações justas de trabalho entre os produtores e a natureza. No entanto, ressalta a necessidade que se tenha políticas públicas e a intenção de se produzir cooperadamente para que o alimento chegue de maneira viável, a preço justo, para todas as pessoas.

Ceres considera que o MST é filho de um processo de redemocratização do Brasil, ocorrido há quatro décadas.

— A gente foi se fortalecendo e foi descobrindo com esse nosso Brasil recente como fazer a luta democrática, que é a luta pela reforma agrária, uma luta constitucional, uma luta legítima, ainda que a questão agrária já tenha mais de cinco séculos na nossa história, como uma grande dívida que nós temos com o povo brasileiro — concluiu a dirigente.

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