Em uma decisão histórica, o BRICS resolveu, durante a 15ª Cúpula na África do Sul, convidar seis países - Argentina, Egito, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos - “para integrar o bloco”, disse o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa.
Por Redação, com ABr - de Joanesburgo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou, nesta quinta-feira, a expansão do BRICS, com a adesão de seis novos integrantes do bloco, que já contava com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

“A relevância do BRICS é confirmada pelo interesse crescente que outros países demonstram de adesão ao agrupamento. Como indicou o Presidente Ramaphosa, é com satisfação que o Brasil dá as boas-vindas ao BRICS a Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã", escreveu Lula, nas redes sociais.
Em uma decisão histórica, o BRICS resolveu, durante a 15ª Cúpula na África do Sul, convidar seis países - Argentina, Egito, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos - “para integrar o bloco”, disse o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa.
Relevância
A adesão dos países ao BRICS entrará em vigor em 1º de janeiro de 2024, disse Ramaphosa. Com a entrada de novos integrantes ao BRICS, o bloco torna-se ainda mais relevante, controlando as maiores reservas de petróleo, gás natural e alimentos do mundo.
Arábia Saudita, Rússia, China, Irã e Emirados Árabes estão entre os oito maiores produtores de petróleo do mundo. Quanto ao gás natural, o mesmo vale para Rússia, Irã, China e Arábia Saudita. Enquanto a produção agrícola global tem expoentes em China, Índia, Brasil e Rússia.
Segundo o presidente Alberto Fernández, da Argentina, “um novo cenário” se abre para a o país com o convite para integrar o BRICS. Fernández acrescentou, nesta manhã, que a adesão ao bloco será uma “grande oportunidade” para fortalecer o país, que passa por crise econômica com uma moeda enfraquecida, reservas estrangeiras esgotadas e uma inflação em espiral.
Investimentos
A Argentina queria aderir ao BRICS devido à importância geopolítica e financeira do bloco “durante um contexto global difícil”, disse Fernández em discurso.
— Abrimos as nossas possibilidades de adesão a novos mercados, de consolidação dos mercados existentes, de captação de investimentos, de criação de empregos e de aumento de importações — acrescentou. Ao aderir ao BRICS, a Argentina atuará como um importante interlocutor e potencial intermediário para o consenso com outras nações, acrescentou Fernández.
A próxima cúpula do bloco ocorrerá em Kazan, na Rússia, em outubro do ano que vem