Lula encontrou-se, ainda, com líderes do PSOL no Rio de Janeiro. Estiveram no encontro a deputada federal Talíria Petrone, a deputada estadual Renata Souza e o vereador Tarcísio Motta, o mais votado nas últimas eleições na capital fluminense, além da presidenta estadual do PSOL, Isabel Lessa.
Por Redação - do Rio de Janeiro
Em franca atividade política, país afora, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem dito que o Brasil que ele receberá do bolsonarismo precisará ser “reconstruído”.
— Não adianta reclamar do que falta. Vamos construir. Este país não pode mais ser construído pelos de cima. Este país precisa ser construído, uma vez na vida, pelos de baixo. Em 2002, era difícil achar uma menina e um menino com diploma universitário na favela. Hoje, já acha. E bastante. Então vamos colocar essa evolução que houve na periferia para reconstruir o modelo de Brasil — disse Lula, em recente encontro com dezenas de líderes comunitários, movimentos sociais, ativistas e comunicadores.
Segundo Lula, está na hora de o povo construir a “democracia verdadeira”, no país.
— Democracia não é algo vazio. A democracia não é apenas o direito da gente gritar que está com fome. Democracia é o direito da gente comer. Não é apenas o direito da gente gritar que quer ter escola, é a gente ter de verdade. Não é ter o direito de dizer que a gente quer ter transporte público de qualidade, é a gente ter o transporte público de qualidade. É transformar os desejos em realidade — afirmou
Apoio do PSOL
Lula encontrou-se, ainda, com líderes do PSOL no Rio de Janeiro. Estiveram no encontro a deputada federal Talíria Petrone, a deputada estadual Renata Souza e o vereador Tarcísio Motta, o mais votado nas últimas eleições na capital fluminense, além da presidenta estadual do PSOL, Isabel Lessa. Do lado petista, Lula contou com a presença da deputada federal Gleisi Hoffman, presidenta nacional da legenda, e do vice, Washington Quaquá, o presidente do PT do RJ, João Maurício de Freitas, e o vereador Lindberg Farias.
Na agenda, os desafios do campo progressista para derrotar o bolsonarismo. Além disso, trataram também do difícil momento que passa a população em todo o estado, com desemprego nas alturas, violência urbana e a precarização dos direitos trabalhistas.
Tarcísio destacou a necessidade de uma “mesa de unidade das esquerdas” para derrotar Bolsonaro. “Para discutir tanto o Rio de Janeiro quanto o Brasil, os seus problemas reais, para a gente poder estar juntos na unidade, para derrotar Bolsonaro e a sua política de morte”, disse o vereador.
— É nessa mesa que a gente pode construir um programa para reconstruir o Brasil e o Rio de Janeiro. Sabemos das nossas diferenças partidárias. Mas temos uma tarefa prioritária, que é derrotar Bolsonaro e devolver o poder para as maiorias, para o povo brasileiro — disse Talíria.
Lula com líderes
Por enquanto, “é o povo nas ruas”, disse Renata, reforçando a convocação para os protestos do próximo sábado (19). No Rio, os manifestantes se reúnem a partir das 10h da manhã no Monumento Zumbi dos Palmares, no centro. “É o povo na rua que vai ditar as prioridades da política nesse momento. Com máscara e álcool gel, vamos juntos”.
No sábado, foi a vez de Lula se encontrar com lideranças comunitárias, movimentos sociais, comunicadores e ativistas do Rio.
— Enquanto o governo Bolsonaro corta o auxílio emergencial, defende o vírus e trabalha a favor da política da morte, essa turma aqui arrecada comida, água, máscara, e organiza as comunidades do Rio contra a fome, a pandemia e o genocídio — conclui o ex-presidente.