O tenente-coronel Ivan Souza Blaz Júnior responde por operação ilegal em prédio no Flamengo.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
O tenente-coronel Ivan Blaz, ex-porta-voz da Polícia Militar do Rio, tornou-se réu por invasão de domicílio e constrangimento ilegal. A Auditoria da Justiça Militar aceitou a denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp), que investigou uma operação comandada pelo oficial em janeiro deste ano, em um prédio no Flamengo, na Zona Sul do Rio.

Na ocasião, Blaz era comandante do 2º BPM (Botafogo) e foi exonerado do cargo logo após a ação. A operação tinha como objetivo localizar o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, supostamente hospedado no edifício, após uma denúncia anônima.
Imagens registraram o momento em que Blaz e outro policial à paisana renderam o porteiro do prédio, obrigando-o a ficar com o rosto voltado para o chão. Novas gravações mostraram que pelo menos cinco policiais, armados com fuzis e pistolas, participaram da abordagem dentro do condomínio. A conduta, no entanto, não teria sido autorizada internamente.
Dentro do edifício
Segundo o Gaesp, dentro do edifício, o tenente-coronel teria sacado sua arma e obrigado o porteiro a se deitar no chão, forçando-o depois a acompanhá-lo em buscas por todos os andares. Blaz também ordenou que dois moradores entregassem os celulares e ficassem sentados na portaria, sob a vigilância de uma sargento que participou da ação. Para o Ministério Público, não há argumentos que validem a entrada forçada.
Blaz declarou que ainda não foi intimado e disse não conhecer os detalhes da acusação. Já a Polícia Militar informou que não foi oficialmente notificada sobre a decisão da Justiça.