Eunice Paiva teve o marido, o ex-deputado Rubens Paiva (PTB), levado de casa em 1971 e morto pela ditadura militar, que à época estava em seu auge.
Por Redação – de Brasília
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), concedeu a comenda da Ordem de Rio Branco, de forma póstuma, à advogada Eunice Paiva. O texto do decreto, também assinado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, foi publicado no Diário Oficial da União (D.O.U) desta quarta-feira.

Eunice Paiva teve o marido, o ex-deputado Rubens Paiva (PTB), levado de casa em 1971 e morto pela ditadura militar, que à época estava em seu auge. O percurso dela e de sua família em busca de informações sobre o que realmente ocorreu se tornou símbolo da luta em defesa dos Direitos Humanos.
Após 25 anos o Estado Brasileiro reconheceu a morte violenta de Rubens Paiva. O corpo, no entanto, nunca foi localizado. A história ganhou visibilidade com o filme ‘Ainda Estou Aqui’.
Percurso
A trajetória de Eunice Paiva é vista como paradigma para os que buscam preservar e fazer avançar o Estado Democrático de Direito, considerada exemplo de coragem na luta contra a opressão da ditadura e em favor de liberdades democráticas e dos direitos dos povos originários, causa a que se dedicou.
A Ordem de Rio Branco, instituída em 1963, objetiva distinguir serviços meritórios e virtudes cívicas; além de estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção. A comenda reverencia o Patrono da diplomacia brasileira – o Barão do Rio Branco.
A insígnia é uma cruz de quatro braços e oito pontas esmaltadas de branco, tendo no centro a esfera armilar, em prata dourada, inscrita a legenda “Ubique Patriae Memor” traduzida “Em qualquer lugar, terei sempre a Pátria em minha lembrança”.