Rio de Janeiro, 23 de Julho de 2025

Estamos atentos, estamos vivos

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Segunda, 05 de Novembro de 2018 às 07:58, por: CdB

Tal como na canção, 'apesar dos castigos/Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos/Pra nos socorrer...’

Por Luciano Siqueira - de Brasília Novo tempo de resistência. Em muitas dimensões: há muito que cuidar para compreender o que se passou e lutar melhor mirando novas vitórias que haverão de vir.
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Novo tempo de resistência
Cuidar da análise cuidadosa da situação concreta: a nova correlação de forças inicialmente é francamente adversa. Cabem passos sensatos, aguerridos mais comedidos, do tamanho das pernas. Ir mais abaixo e mais a fundo para elucidar a realidade e se vincular às grandes massas desguarnecidas de esperança e de esclarecimento. A maioria votou contra seus próprios interesses sem disso ter consciência. Conviver com a disputa precipitada e insana por uma hegemonia que se quer hereditária, mas está em aberto. Quem se unirá com quem em favor de quê? Não haverá escapatória à margem de uma ampla frente em torno de bandeiras consistentes e associadas às necessidades e aspirações da maioria. Aos comunistas, parcialmente vitoriosos, porém amargando a contingência negativa da cláusula de barreira, o desafio de considerar todas as variáveis que concorrem para redução da sua base eleitoral — com muita paciência e clarividência autocrítica. Avançar é necessário e é possível. Mas não há possibilidades de bem explorar as posições conquistadas e recuperar terreno onde as coisas não foram bem subestimando a luta de ideias. Qualificar o debate é necessário. O golpe agora se institucionaliza através do voto. Se tentará impor o modelo ultra liberal às custas da redução de direitos e da ampliação da exclusão de milhões do sistema produtivo. Se aprofundará o realinhamento externo, agora francamente a mercê dos ditames norte-americanos. Se tentará criminalizar a oposição democrática e os movimentos sociais. Por isso, como indica o PCdoB, a resistência é agora em todas as esferas da vida política e social do país: no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativa e Câmaras Municipais, nos movimentos sociais, as organizações da classe trabalhadora, segmentos do empresariado, o universo acadêmico, a intelectualidade, os artistas, o mundo jurídico, setores religiosos, e inclusive para os integrantes de instituições da República, os governadores e os prefeitos do campo democrático. Estamos atentos e vivos e a luta segue. Luciano Siqueira, é médico, vice-prefeito do Recife, membro do Comitê Central do PCdoB. Opiniões aqui expressas não refletem necessariamente as opiniões do site.
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