As diligências ocorreram nos bairros de Jacarepaguá e Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão em imóveis ligados aos investigados.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta segunda-feira a Operação Mounjaro, com o objetivo de reprimir uma organização criminosa especializada na importação e comercialização clandestina de medicamentos para emagrecer. A ação, coordenada por agentes da Delegacia do Consumidor (Decon), tem como foco o combate à entrada irregular de substâncias terapêuticas no país e à venda dos produtos sem qualquer controle sanitário ou prescrição médica, segundo reportagem do diário conservador carioca O Globo.
As diligências ocorreram nos bairros de Jacarepaguá e Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão em imóveis ligados aos investigados. O principal alvo da operação foi conduzido à Cidade da Polícia, na Zona Norte da capital, para prestar depoimento após confessar participação no esquema. Segundo os investigadores, ele desempenhava papel central na rede de distribuição dos medicamentos irregulares.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo atuava à margem da legislação sanitária brasileira, trazendo substâncias controladas do exterior sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esses medicamentos, voltados ao emagrecimento, exigem controle rigoroso de armazenamento, transporte e prescrição médica, fatores completamente ignorados pela quadrilha, segundo as autoridades.
“A importação ilegal e a comercialização desses produtos sem qualquer supervisão representam riscos sérios à saúde pública. Estamos falando de substâncias que exigem orientação médica para serem utilizadas com segurança. A atuação clandestina compromete a vida dos consumidores e configura crime”, informou a Decon em nota.
Lotes adulterados
Todo o material apreendido durante a operação será periciado. Os policiais buscam confirmar a origem dos medicamentos, verificar a presença de lotes adulterados ou vencidos e identificar outros envolvidos na cadeia criminosa. A investigação também apura possíveis conexões com canais de distribuição em outros estados ou até com redes internacionais de tráfico de produtos farmacêuticos.
A operação recebeu o nome de Mounjaro em alusão a um dos medicamentos comercializados ilegalmente, cujo princípio ativo tem sido utilizado no tratamento da obesidade, embora seu uso exija prescrição e acompanhamento médico rigoroso. O remédio, de alto custo e crescente demanda, vem sendo alvo de falsificações e comercialização clandestina, especialmente pelas redes sociais e aplicativos de mensagens.