Eduardo Bolsonaro que, atualmente, mora nos EUA, também comentou sobre a aplicação de sanções Magnitsky, ao adiantr a expectativa de que elas sejam colocadas em prática em um prazo muito curto.
Por Redação – de Brasília
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) dobrou a aposta no discurso radical contra os presidentes do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). O filho ’03’ do ex-mandatário neofascista afirmou que eles alvos de suspensões de vistos e sanções do governo norte-americano.

Em entrevista na manhã desta sexta-feira a uma publicação de extrema direita, o parlamentar também afirmou que aplicações da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), podem ser colocadas em prática nas próximas horas, embora estas não sejam as últimas medidas tomadas pela gestão Trump contra autoridades brasileiras.
— O Davi Alcolumbre não está nesse estágio. Ainda. Mas certamente está no foco do governo norte-americano. Ele tem a possibilidade agora de não ser sancionado e não acontecer nada com o visto dele, se ele não der respaldo ao regime. E também o Hugo Motta, porque na Câmara tem a novidade da lei da anistia. Se o Brasil não conseguir pautar a anistia e o impeachment do Alexandre de Moraes, a coisa ficará ruim — ameaçou.
Resoluções
O congressista que, atualmente, mora nos EUA, também comentou sobre a aplicação de sanções Magnitsky, ao adiantr a expectativa de que elas sejam colocadas em prática em um prazo muito curto.
— O Trump tem um arsenal na mesa dele, e, pode ter certeza, ele não utilizou esse arsenal todo. Caso venha, talvez até hoje, quem sabe, Deus queira, a Lei Magnitsky contra o Alexandre de Moraes, esse vai ser só mais um capítulo dessa novela. Não será o último — acrescentou.
Questionado quanto ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que tem sido criticado por apoiadores por não engajar o suficiente na campanha contra Moraes organizada nos EUA, ’03′ afirmou que o reconhece como “a voz mais escutada” das redes, em número de seguidores, mas disse que esperava mais dele nesse momento.
— Eu não acho o Nikolas uma pessoa mal-intencionada, mas eu achava que teria mais respaldo. Isso não depende de uma conversa minha com ele, depende da atitude dele. Na nossa percepção, é difícil que ele não tenha a real dimensão do que está sendo tratado aqui nos EUA e que isso é vital para conseguirmos resgatar a democracia brasileira, porque ela não vai ser recuperada com as ferramentas internas do Brasil. Então, causa certa estranheza que ele tem sido pouco ativo em levar essa mensagem adiante. — declarou.
Comitiva
Com a metralhadora giratória ligada, Eduardo Bolsonaro também desautorizou publicamente a missão de oito senadores brasileiros, incluindo os ex-ministros de Bolsonaro Tereza Cristina (Agricultura) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), ambos bolsonaristas, que embarcaram para os EUA nesta manhã para reuniões com congressistas e entidades do setor produtivo. A iniciativa, segundo ele, seria um “gesto de desrespeito” ao ex-presidente norte-americano.
A atitude do parlamentar, no entanto, tem levado líderes do chamado ‘Centrão’ a ignora-lo. A um colunista da mídia conservadora, no início desta tarde, o presidente de um partido do bloco reagiu com desdém ao ser questionado sobre o deputado.
— Vamos falar de gente séria — concluiu.