Rio de Janeiro, 25 de Junho de 2025

Empresários perdem confiança no poder de recuperação da indústria

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Terça, 28 de Maio de 2019 às 13:34, por: CdB

A confiança caiu em dez dos 19 segmentos industriais pesquisados pela FGV. A queda foi puxada pelo recuo de 1,5 ponto do Índice de Expectativas, que mede a confiança dos empresários no futuro: passou para 95,9 pontos.

 
Por Redação - de São Paulo
  O Índice de Confiança da Indústria, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 0,7 ponto de abril para maio. Com a queda, o indicador passou para 97,2 pontos, em uma escala de zero a 200.
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A indústria têxtil, que mobiliza um grande número de trabalhadores, tem perdido terreno, ano após ano, para os concorrentes no exterior 
A confiança caiu em dez dos 19 segmentos industriais pesquisados pela FGV. A queda foi puxada pelo recuo de 1,5 ponto do Índice de Expectativas, que mede a confiança dos empresários no futuro: passou para 95,9 pontos. A principal influência veio da perspectiva de contratações do setor nos próximos três meses, que diminuiu 3,6 pontos. Já o Índice da Situação Atual, que mede a confiança dos empresários no momento presente, permaneceu estável em 98,5 pontos. Houve queda de 2,9 pontos do indicador do nível de estoques, mas as outras duas variáveis cresceram, o que levou à estabilidade do Índice da Situação Atual.

Bancos

Segundo o pesquisador da FGV Aloisio Campelo Jr., o resultado mostra um empresariado ligeiramente pessimista em relação aos próximos meses. Quanto à situação atual, há, para Campelo Jr., sinais dúbios. “Após meses andando de lado, o nível de utilização da capacidade voltou a subir, mas houve, em paralelo, acúmulo de estoques indesejados”, disse. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) subiu 0,8 ponto percentual entre abril e maio, retornando para 75,3%, o mesmo patamar de novembro de 2018. A concentração bancária, no Brasil, também era alvo de críticas entre os industriais. O Banco Central apontou que, apesar de leve queda em 2018, o segmento ainda se resume às cinco maiores instituições — Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander — detendo 81,2% dos ativos totais do segmento bancário comercial, ante 82,6% em 2017.

Crédito

Em seu Relatório de Economia Bancária, o BC apontou ainda que esse grupo passou a responder por 84,8% das operações de crédito no segmento, sobre 85,8% anteriormente. Em relação aos depósitos totais, houve queda para 83,8% do total, sobre 85% em 2017. No documento, o BC chamou a atenção para a queda na fatia detida por BB e Caixa de 2016 a 2018. “Para o segmento bancário comercial ... essa participação decresceu de 40,3% para 38,1% nos ativos totais; de 50,2% para 40,2% nos depósitos totais; e de 50,6% para 48,0% nas operações de crédito”, pontua o documento. Em outro capítulo do mesmo relatório, o BC também apontou que a inadimplência é o principal componente do spread bancário e que, para baixar o spread, há necessidade de melhorar o processo de recuperação de garantias no sistema financeiro. O BC também destacou no relatório que as fintechs ainda têm baixa representatividade no Brasil, mas afirmou que a expectativa é que haja um crescimento significativo dessas empresas, “tendo em conta o volume de pleitos de constituição recebidos e em análise”. No universo das fintechs, 10 Instituições de Pagamento (IPs) estavam autorizadas a operar em dezembro de 2018, e apenas uma nas modalidades de Sociedade de Crédito Direto (SCD) e Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP).
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