Eduardo Paes celebrou o capítulo carioca da iMasons, que ajudará a “moldar o futuro da infraestrutura digital no Rio”.
Por Redação, com ANSA – do Rio de Janeiro
O presidente e fundador da Elea Data Centers e CEO e fundador da Piemonte Holding, Alessandro Lombardi, defendeu que o Rio de Janeiro está construindo o “poder do futuro”, durante o lançamento do capítulo carioca da Infrastructure Masons (iMasons), associação global sem fins lucrativos que reúne líderes do setor de infraestrutura digital.

Realizado no Palácio da Cidade, na capital fluminense, o evento marcou o início da parceria global entre a Elea e a iMasons, uma evolução da parceria regional apresentada no fim de 2024 e que tem como objetivo conectar a expertise local em tecnologia com a força mundial de companhias e instituições dedicadas à construção de um futuro digital sustentável.
Além do executivo italiano, participaram da cerimônia o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o vice-prefeito Eduardo Cavaliere, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Osmar Lima, o fundador e presidente da iMasons, Dean Nelson, e o CEO da associação, Santiago Suinaga.
– Estamos construindo um novo poder: o poder do futuro, que combina infraestrutura digital, capital humano e inovação, a partir do Rio de Janeiro – disse Lombardi. Segundo o executivo, trata-se de um movimento estratégico para consolidar o Brasil, e especialmente a metrópole carioca, como destino prioritário de grandes investimentos em inteligência artificial e infraestrutura crítica.
– As comunidades constroem pontes, e empresários, agentes públicos e inovadores precisam se unir. Este evento é importante porque une a América Latina, o Rio de Janeiro e a Costa Oeste americana, Califórnia, Vale do Silício, Seattle, em torno de uma visão comum. Tivemos aqui representantes das maiores empresas de tecnologia dos Estados Unidos. Com encontros como esse, criamos o ambiente ideal para atrair mais investimentos internacionais para o Rio – explicou Lombardi.
O executivo também comparou as capacidades de diferentes cidades brasileiras, como Porto Alegre e Fortaleza, para ressaltar a singularidade do Rio. “Há duas vantagens óbvias. Primeiro, a infraestrutura de cabos submarinos, que garante conexão global com altíssima capacidade. Depois, o sistema elétrico da região, que chega ao Rio com mais de 3 gigawatts de energia renovável excedente. É uma posição única”, acrescentou.
Infraestrutura
Além da infraestrutura, Lombardi destacou outro fator essencial: o capital humano. “O Rio tem um ecossistema vibrante de startups, universidades, centros de pesquisa e formação. Grandes infraestruturas precisam de cérebros, de gente qualificada. A cidade maravilhosa atrai talentos como nenhuma outra”, disse.
Já Eduardo Paes celebrou o capítulo carioca da iMasons, que ajudará a “moldar o futuro da infraestrutura digital no Rio”. “Nossa cidade possui vantagens únicas para se transformar em um hub líder na infraestrutura da inteligência artificial, como acesso fácil e estável à energia limpa, verde e renovável; cabos submarinos; disponibilidade de imóveis e flexibilidade de zoneamento; e um ecossistema de inovação em expansão, lar de mais de 30 universidades e 500 laboratórios de pesquisa”, salientou.
Durante o evento, o presidente da Elea também apresentou a proposta de um “community accord”, compromisso setorial em torno da sustentabilidade e da responsabilidade social dos data centers, tendo em vista a COP30 de Belém, em novembro.
– Inteligência artificial consome energia em larga escala. Não podemos falar de futuro digital sem falar de energia limpa. Vamos levar à COP30 a mensagem de que o futuro digital precisa ser carbono zero – afirmou Lombardi, que ainda elogiou Dean Nelson, fundador da iMasons: “Precisamos de embaixadores que possam traduzir o que está sendo feito aqui na América Latina para os Estados Unidos, Europa e China.”
O lançamento do capítulo carioca da iMasons é mais um avanço da Elea, que lidera o projeto Rio AI City, um campus de data centers com até 3 gigawatts de capacidade e voltado à era da inteligência artificial. A expectativa é gerar mais de 10 mil empregos com a iniciativa, tornando o Rio um polo estratégico da nova geopolítica digital.
– Essas grandes infraestruturas precisam de cérebros, seres humanos, ecossistemas de startups, pesquisa, desenvolvimento e formação – ressaltou o italiano.