O dia era em geral positivo para moedas emergentes, com a moeda norte-americana também se desvalorizando cerca de 1% contra a lira turca e 0,75% contra o rand sul-africano.
Por Redação, com Reuters - de São Paulo
O dólar mostrava queda frente ao real nesta terça-feira, em meio a ajustes após ter encerrado o dia anterior em seu maior nível em cerca de um ano, com agentes do mercado monitorando os desdobramentos das disputas comerciais entre Estados Unidos e China.
Na segunda-feira, a moeda fechou a R$ 4,1834, em alta de 1,00%, no maior patamar desde 13 de setembro de 2018
Às 11:36, o dólar recuava 0,50%, a R$ 4,1623 na venda. Na segunda-feira, a moeda fechou a R$ 4,1834, em alta de 1,00%, no maior patamar desde 13 de setembro de 2018, quando terminou a sessão na máxima histórica para um encerramento (R$ 4,1957).
Na B3, o dólar futuro cedia 0,78%, a R$ 4,1600.
O dia era em geral positivo para moedas emergentes, com a moeda norte-americana também se desvalorizando cerca de 1% contra a lira turca e 0,75% contra o rand sul-africano.
- Por conta do movimento do dia anterior, por ter sido tão expressiva a desvalorização, o real encontrou um espaço para dar uma recuperada - afirmou Camila Abdelmalack, economista-chefe da CM Capital Markets.
Camila acrescentou que a guerra comercial permanecia em foco na sessão, com agentes do mercado monitorando as declarações das duas maiores economias do mundo. Nesta terça-feira, o vice-premiê da China, Liu He, disse que a China se opõe firmemente a uma guerra comercial, pois não é boa para ela, para os EUA e para o mundo, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua.
O presidente dos EUA, Donald Trump, por sua vez, alertou que será “mais rígido” nas negociações se elas se arrastarem até um eventual segundo mandato seu, mas afirmou que as negociações com a China estão indo “muito bem”.
- Infelizmente, vamos ficar reféns da movimentação de Trump e do Xi (presidente chinês). Isso deixa o mercado temeroso e as avaliações apontam para uma extensão desse conflito até pelo menos o final de 2019. Temos que esperar para ver - afirmou Camila.
Ibovespa volátil
A bolsa paulista tinha uma sessão volátil nesta terça-feira, tendo de pano de fundo perdas em Wall Street na volta de feriado, em meio a dados econômicos norte-americanos fracos e preocupações com o embate comercial EUA-China.
Às 12:21, o Ibovespa caía 0,55%, a 100.071,39 pontos. O volume financeiro somava R$ 7,79 bilhões.
Em Wall Street, o S&P 500 cedia 0,93%, com notícias recentes sugerindo dificuldades na retomada das negociações entre EUA e China, enquanto setor manufatureiro dos EUA encolheu em agosto pela primeira vez desde 2016.
A equipe da corretora Mirae Asset também destaca as incertezas do Brexit voltaram ao radar e geram apreensão no mercado financeiro da Europa, em razão das discussões sobre o do modelo de saída do Reino Unido da União Europeia.
No Brasil, a reforma tributária continua no foco, conforme chamou a atenção a XP Investimentos, ressaltando que o Ministério da Economia ainda não enviou formalmente sua versão da proposta para o Congresso.
Também nesta tarde há expectativa para a votação da cessão onerosa no Senado, a partir das 16 horas, conforme alertou a Coinvalores, que divide os recursos do mega leilão de petróleo, marcado, a princípio, para 6 de novembro
A equipe de análise técnica do Itaú BBA observou que o Ibovespa não superou a forte resistência em 101.500 pontos. “Se conseguir superar, sairá da tendência de baixa e o movimento de alta ganhará novo impulso”, afirmou em nota a clientes.