Rio de Janeiro, 28 de Junho de 2025

Desemprego volta a cair e se aproxima de recorde histórico

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Sexta, 27 de Junho de 2025 às 20:30, por: CdB

O contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado também atingiu patamar recorde (39,8 milhões), registrando estabilidade (0,5%) em relação ao trimestre anterior e crescendo 3,7% ante igual trimestre do ano passado.

Por Redação – do Rio de Janeiro

A taxa de desocupação no Brasil para o trimestre de março a maio de 2025 foi de 6,2%, uma redução de 0,6 p.p. em relação ao trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025 (6,8%) e queda de 1,0 ponto percentual (p.p.) frente ao mesmo trimestre do ano anterior (7,1%) e se aproximar da menor da história, segundo relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira.

Desemprego volta a cair e se aproxima de recorde histórico | A geração de empregos com carteira assinada tem sido cada vez maior
A geração de empregos com carteira assinada tem sido cada vez maior

O contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado também atingiu patamar recorde (39,8 milhões), registrando estabilidade (0,5%) em relação ao trimestre anterior e crescendo 3,7% ante igual trimestre do ano passado.

Outro destaque foi a quantidade de desalentados, com fortes quedas, de 10,6% comparada ao trimestre encerrado em abril, e de 13,1% ante o mesmo período de 2024, segundo os dados da PNAD Contínua Mensal do IBGE.

 

Trabalho

A taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) ficou em 14,9%, caindo 0,8 p.p. na comparação com o trimestre anterior (15,7%). Frente ao mesmo trimestre de 2024 também houve queda, de 1,9 p.p.    

De março a maio de 2025, cerca de 6,8 milhões de pessoas estavam desocupadas no país. No confronto com o trimestre móvel anterior (dezembro de 2024 a fevereiro de 2025), no qual 7,5 milhões de pessoas não tinham ocupação, esse indicador recuou 8,6%, equivalente a menos 644 mil pessoas.

Na outra ponta, comparado a igual trimestre do ano anterior, quando existiam 7,8 milhões de pessoas desocupadas, houve recuo de 12,3%, uma redução de 955 mil pessoas desocupadas na força de trabalho.

— Os principais responsáveis para a redução expressiva da taxa de desocupação foram o aumento do contingente de ocupados, que cresceu 1,2 milhão de pessoas, naturalmente reduzindo a desocupação, além de taxas de subutilização mais baixas. Assim, semelhante às divulgações anteriores, o mercado de trabalho se mostra aquecido, levando à redução da mão-de-obra mais qualificada disponível e ao aumento de vagas formais — observou William Kratochwill, analista da pesquisa.

 

Ocupação

A quantidade de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em maio deste ano era de aproximadamente 103,9 milhões, avanço de 1,2% em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, quando havia no Brasil 101,3 milhões de pessoas ocupadas, ocorreu alta de 2,5% (mais 2,5 milhões de pessoas). O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), por sua vez, atingiu 58,5%, expansão de 0,6 p.p. ante o trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025 (58,0%). Confrontado ao mesmo trimestre do ano anterior (57,6%), esse indicador teve variação positiva de 1,0 p.p.          

— O mercado de trabalho se mostra aquecido, levando à redução da mão-de-obra mais qualificada disponível e ao aumento de vagas formais. Os principais responsáveis para a redução expressiva da taxa de desocupação foram o aumento do contingente de ocupados, que cresceu 1,2 milhão de pessoas, naturalmente reduzindo a desocupação, além de taxas de subutilização mais baixas — acrescentou Kratochwill.

 

Desalentados

Também caiu de forma expressiva, segundo o IBGE, o percentual de desalentados, que são pessoas com idade para trabalhar, mas que desistiram de procurar emprego. Até maio, eram 2,89 milhões. Isso é 13,1% menos do que há um ano.

— Essa queda pode ser explicada pela melhoria consistente das condições do mercado de trabalho. O aumento da ocupação gera mais oportunidades, percebidas pelas pessoas que estavam desmotivadas — concluiu Kratochwill.

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