Os trabalhadores sem carteira assinada chegaram a 11,7 milhões em julho, também um recorde na série histórica.
Por Redação, com Reuters e Agências de Notícias - de São Paulo
A taxa de desemprego no Brasil caiu a 11,8% nos três meses até julho, puxada pelo alto índice de vagas informais no país. A informação foi divulgada, nesta sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, na quarta queda consecutiva e para o menor patamar desde dezembro de 2018.
A mediana das previsões em pesquisa da Agência Reuters era de que a taxa ficaria em 11,9% no período. A taxa recuou 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2019 (12,5%) e caiu 0,5 ponto percentual na comparação com o mesmo trimestre de 2018 (12,3%).
Os trabalhadores sem carteira assinada chegaram a 11,7 milhões em julho, também um recorde na série histórica. Já os autônomos, somaram 24,2 milhões e também atingiram um contingente recorde.
Os trabalhadores sem carteira assinada chegaram a 11,7 milhões em julho, também um recorde na série histórica
Em dezembro de 2018, o desemprego foi de 11,6%. Para trimestres encerrados em julho, a taxa de desocupação é a mais baixa desde 2016.
Já a população ocupada totalizou 93,6 milhões de pessoas, a maior da série e em alta em ambas as comparações, com elevação de 1,3% sobre o trimestre anterior (findo em abril) e de 2,4% frente a um ano antes.
Mais de 3 milhões sem emprego há dois anos
Um contingente de 3,35 milhões de desempregados no país procura trabalho há pelo menos dois anos. Isso equivale a 26,2% (ou cerca de uma em cada quatro) pessoas no total de desocupados no Brasil. Os números do segundo trimestre deste ano são recorde desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), em 2012.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 15 de agosto. Segundo os números, no segundo trimestre de 2018 o contingente de desempregados procurando trabalho há no mínimo dois anos tinha menos 196 mil pessoas, ou seja, era de 3,15 milhões.
De acordo com os dados divulgados, no segundo trimestre de 2015, o total era de 1,43 milhão de pessoas, ou seja, menos da metade do segundo trimestre deste ano.
– A proporção de pessoas à procura de trabalho em períodos mais curtos está diminuindo, mas tem crescido nos mais longos. Parte delas pode ter conseguido emprego, mas outra aumentou seu tempo de procura para os dois anos – avaliou a analista da PNAD Contínua Adriana Beringuy.
No segundo trimestre, a taxa de desemprego do Brasil recuou para 12%, percentual inferior aos 12,7% do primeiro trimestre deste ano e aos 12,4% do segundo trimestre de 2018.
A pesquisa mostrou ainda que a taxa caiu em dez das 27 unidades da Federação na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano, segundo os dados divulgados nessa quinta-feira. As maiores quedas ocorreram no Acre, de 18% para 13,6%, Amapá, de 20,2% para 16,9%, e em Rondônia, de 8,9% para 6,7%. Nas outras 17 unidades da Federação, a taxa se manteve.