Segunda, 23 de Novembro de 2020 às 10:41, por: CdB
Aliados de Bolsonaro também concordam que a forma como Trump agiu, durante a pandemia, foi decisiva para sua derrota. O mandatário neofascista brasileiro adota posição idêntica, de negacionismo quanto à gravidade da crise sanitária mundial.
Por Redação - de Brasília
Os militares no cerne do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), aliados a ministros da esfera política avaliam que o presidente precisará mudar o rumo do discurso, após a derrota do presidente Donald Trump, nos EUA, e o resultado das eleições municipais deste ano. Militares ouvidos pelo diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, com as declarações confirmadas pela reportagem do Correio do Brasil, constataram o nível de rejeição da ultradireita.
Na única visita que fez ao presidente Trump, ídolo norte-americano agora perto de deixar o poder, Bolsonaro se encaminha para o limbo político, no país e no exterior
Aliados de Bolsonaro também concordam que a forma como Trump agiu, durante a pandemia, foi decisiva para sua derrota. O mandatário neofascista brasileiro adota posição idêntica, de negacionismo quanto à gravidade da crise sanitária mundial. Uma das últimas declarações mais polêmicas de Bolsonaro aconteceu no último dia 10, quando ele subestimou novamente os efeitos da covid-19.
— (O Brasil) tem que deixar de ser um país de maricas, pô — reclamou.
Fracasso nas urnas
Estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontaram que 78 candidatos apareceram com o sobrenome "Bolsonaro" nas urnas e apenas um foi eleito, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos). Jair Bolsonaro também apoiou 45 candidatos a vereador, que apareceram no horário eleitoral. Apenas sete conquistaram uma vaga no legislativo de suas cidades.
A eleição municipal teve como grandes vencedores os partidos de centro e centro-direita. O MDB liderou o ranking de prefeituras obtidas por partido. O PP e PSD, duas legendas do chamado centrão, e DEM foram as que mais conquistaram número de municípios governados pelo país.
No ranking geral, a sigla emedebista ganhou em 777 dos 5.567 municípios. Em seguida vem o PP (682). Outro integrante do chamado ‘Centrão’, o PSD subiu de 539 para 652 em números de prefeituras.