Ainda que o aumento das vendas e esforços para recompor estoques tenham dando sustentação ao setor no mês, os dados indicam queda do índice no terceiro trimestre a 52,3, de 53,4 entre abril e junho, de acordo com o levantamento. O aumento das novas encomendas, maior subcomponente do PMI, foi bem menos intenso em setembro.
Por Redação, com Reuters - de São Paulo
A indústria brasileira perdeu força em setembro diante de sinais de estagnação da demanda, com os novos trabalhos expandindo ao ritmo mais fraco em sete meses, ainda que a inflação tenha dado sinais de alívio, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global.
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Os dados divulgados nesta segunda-feira mostraram que o PMI de indústria do Brasil recuou a 51,1 em setembro, de 51,9 em agosto, permanecendo em território de expansão pelo sétimo mês seguido, mas no patamar mais fraco nesse período.
Ainda que o aumento das vendas e esforços para recompor estoques tenham dando sustentação ao setor no mês, os dados indicam queda do índice no terceiro trimestre a 52,3, de 53,4 entre abril e junho, de acordo com o levantamento. O aumento das novas encomendas, maior subcomponente do PMI, foi bem menos intenso em setembro, no ritmo mais fraco da atual sequência de sete meses de expansão.
Sinais claros
Funcionários trabalham na linha de montagem em fábrica da Mercedes em São Bernardo (SP)
De acordo com a S&P Global, a expansão foi contida pela redução do poder de compra de clientes, fraqueza no setor automotivo e vendas fracas no varejo.
A demanda global mais fraca restringiu a entrada de novas encomendas de exportação em setembro, que recuaram pelo sétimo mês seguido e tiveram a maior contração desde meados de 2020.
— Existem sinais claros e preocupantes de que a demanda está vacilando, em paralelo com o aumento de velocidade da contração de vendas internacionais, em meio a condições econômicas globais desafiadoras. Os números do PMI da China, maior mercado de exportação do Brasil, destacam recuos notáveis na atividade de compra e produção entre fabricantes de bens em setembro — resumiu a diretora associada de economia da S&P Markit, Pollyanna De Lima.