Sem citar Ciro Gomes, no entanto, ACM neto disse ainda, aos jornalistas, que nesse momento o diálogo com o governador do Estado de São Paulo, João Doria, está "obstruído". O PSDB e o DEM (assim como a antiga sigla que originou a legenda, o PFL) já se coligaram em várias eleições, inclusive para presidente, em 2018.
10h47 - de Salvador
Presidente nacional do DEM, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto descartou, nesta terça-feira, uma aliança de seu partido com o PSDB para apoiar o governador de São Paulo, João Doria, nas eleições presidenciais de 2022. Doria é adversário direto do presidenciável Ciro Gomes (PDT), na disputa pelo eleitorado conservador.
Sem citar Ciro Gomes, no entanto, ACM neto disse, ainda aos jornalistas, que nesse momento o diálogo com Doria está "obstruído". O PSDB e o DEM (assim como a antiga sigla que originou a legenda, o PFL) já se coligaram em várias eleições, inclusive para presidente.
— Não vamos comprometer essa relação de amizade histórica dos dois partidos. Mas o que nesse momento está obstruído é o diálogo com o Doria — afirmou ACM Neto.
‘Isolado’
Segundo afirmou o político baiano, Doria foi "politicamente inábil" ao promover a transferência do vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, do DEM para o PSDB. ACM Neto argumentou que a movimentação deixou Doria "isolado" e sem apoio do DEM caso queira se candidatar à presidência em 2022.
— Se você me perguntar: vão deixar de conversar com o PSDB? De maneira alguma. Porém, hoje, está descartado o apoio a uma eventual candidatura de Doria à presidência da República — acrescentou.
O PSDB ainda não definiu quem será o tucano a disputar a presidência. Além de Doria, estão no páreo o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB-RS). Houve, no entanto, defecções como a de Rodrigo Maia (RJ), expulso do partido após críticas a ACM Neto; e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que tende a deixar o DEM e migrar para o PSD, para disputar o governo do Estado.