Ex-presidente da Câmara, Cunha foi deputado pelo Rio de Janeiro e se tornou peça fundamental na trama golpista que derrubou a presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016.
Por Redação – de Belo Horizonte
O ex-deputado Eduardo Cunha foi recebido com vaias, nesta quinta-feira, ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG). Seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também gritaram “pega, ladrão” durante as manifestações. A claque estava prevista para a recepção do ex-mandatário neofascista, que também chegou à capital mineira com alguns minutos de diferença.

Ex-presidente da Câmara, Cunha foi deputado pelo Rio de Janeiro e se tornou peça fundamental na trama golpista que derrubou a presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016. Alvo da ‘Operação Lava Jato’, Cunha passou um tempo na prisão, entre outubro de 2016 a abril de 2021, e agora tenta viabilizar sua candidatura por Minas Gerais em 2026, depois de perder a eleição por São Paulo, em 2022.
Embora tenha sido hostilizado por bolsonaristas, um dos partidos com os quais negocia uma possível candidatura é o próprio Partido Liberal (PL), de Bolsonaro. O ex-deputado, inclusive, teria sido convidado para o encontro estadual da legenda, nesta tarde.
Condenação
Filiado ao MDB, Cunha foi presidente da Câmara entre fevereiro de 2015 e maio de 2016, quando afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por atrapalhar as investigações. Seu mandato foi cassado pela Câmara em setembro de 2016, poucos dias após a queda de Dilma Rousseff, por quebra de decoro.
Em maio de 2023, por uma decisão da Segunda Turma do STF por 3 votos a 2, foi anulada a condenação do ex-presidente da Câmara. Em 2021, Cunha teve outras duas sentenças anuladas — uma expedida pelo ex-juiz Sergio Moro (UB-PR), hoje senador; e outra pela Justiça Federal, em Brasília.