Rio de Janeiro, 29 de Junho de 2025

Cuba culpa bloqueio ‘genocida’ dos EUA por crise histórica

Arquivado em:
Sábado, 28 de Junho de 2025 às 15:14, por: CdB

Díaz-Canel, em entrevista exclusiva ao editor do site de notícias Opera Mundi, o jornalista Breno Altman, destacou que, apenas entre março de 2023 e fevereiro de 2024, o bloqueio causou prejuízos de mais de US$ 5 bilhões.

Por Redação, com Opera Mundi – de Havana

Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel admite que o país caribenho atravessa uma crise sem precedentes desde 1959, ano da Revolução liderada por Fidel Castro. A causa fundamental, segundo o presidente cubano, é o “injusto, genocida e criminal bloqueio imposto pelos Estados Unidos, intensificado durante o governo Trump e mantido por Biden”.

Cuba culpa bloqueio ‘genocida’ dos EUA por crise histórica | O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, repudia o cerco promovido pelos EUA
O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, repudia o cerco promovido pelos EUA

Díaz-Canel, em entrevista exclusiva ao editor do site de notícias Opera Mundi, o jornalista Breno Altman, destacou que, apenas entre março de 2023 e fevereiro de 2024, o bloqueio causou prejuízos de mais de US$ 5 bilhões.

— São 13,8 milhões de dólares por dia. Uma hora de bloqueio representa mais de meio milhão em perdas — afirmou.

 

Impactos

O presidente cubano explicou que o agravamento das sanções a partir de 2017 criou uma “nova qualidade” do bloqueio, com foco especial na perseguição financeira e energética. Entre as medidas citadas estão a inclusão de Cuba na lista norte-americana de países que patrocinam o terrorismo e a aplicação do capítulo 3 da Lei Helms-Burton, que permite processar empresas que utilizem propriedades nacionalizadas após a revolução.

— A pandemia chegou em meio a esse cenário. Sem turismo, com remessas cortadas e com uma economia já golpeada, tivemos que desenvolver nossos próprios ventiladores pulmonares, criar vacinas nacionais e enfrentar uma crise energética brutal sem apoio internacional — pontuou.

 

Otimismo

Segundo Díaz-Canel, o sistema eletroenergético cubano opera com termoelétricas que já ultrapassaram sua vida útil e enfrentam escassez de peças e manutenção. 

— Nos faltam combustíveis e recursos para modernizar o sistema. A perseguição energética nos impede de importar diesel e fuel oil, comprometendo a geração distribuída — denunciou.

Encerrando a entrevista, Diaz-Canel deixou uma mensagem de otimismo, ao afirmar que “apesar das dificuldades, o povo cubano resiste com dignidade. A revolução está viva, e vamos vencê-la, com criatividade, justiça e solidariedade”.

Edições digital e impressa
 
 

 

 

Jornal Correio do Brasil - 2025

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo