Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Crise hídrica coloca em risco retomada da economia brasileira

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Quarta, 23 de Junho de 2021 às 12:09, por: CdB

Além dos sobressaltos políticos, o risco de faltar energia é mais uma das incertezas que rondam a economia brasileira. Os impactos da covid-19 ainda permanecem no horizonte, ainda que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha dado sinais de vida.

Por Redação - de São Paulo

A crise hídrica que se abate sobre o país está no radar dos principais executivos de grandes fundos mundiais de investimento que mantêm negócios com o Brasil. A situação, que remete a um passado recente, assusta pela possibilidade de racionamento de energia elétrica, uma medida que poderá ser adotada para afastar a possibilidade dos apagões, como ocorreu em 2001.

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Bolsonaro e o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, vivem em sobressalto diante do risco de novos apagões

Além dos sobressaltos políticos, o risco de faltar energia é mais uma das incertezas que rondam a economia brasileira. Os impactos da covid-19 ainda permanecem no horizonte, ainda que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha dado sinais de vida. Um racionamento de energia, no entanto, poderia colocar abaixo os esforços pela recuperação econômica.

— Existe um preço político e econômico muito grande em realizar o racionamento de energia. Haverá incentivos para estressar o sistema ao máximo antes de tomar essa decisão — afirmou a gestora da Macro Capital, Priscila Araújo, a jornalistas.

‘Período educativo’

O Ministério de Minas e Energia tem negado o risco de um racionamento e assegurado o abastecimento. Nesta semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, chegou a dizer que o Brasil teria “um período educativo” de racionamento, mas logo depois voltou atrás.

O Brasil, no entanto, já esteve em situações de crise hídrica similares nos últimos anos, como em 2014, 2015 e 2017. Em todos estes momentos, houve a decisão de não colocar o racionamento em prática, uma vez que o Brasil já estava em crise e buscava sair da recessão econômica.

Para a gestora, a decisão por forçar o menor uso de energia elétrica no País depende de uma série de fatores, inclusive o inverno, iniciado nesta semana, quando as pessoas tendem a consumir mais energia, pressionando os preços.

— O que está acontecendo agora é que todo custo a mais no sistema deve ser repassado às tarifas. O despacho das termelétricas, por exemplo, aumenta muito o custo da própria energia, o que deve ser refletido nas tarifas, como em 2001 — resumiu Araújo.

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