Rio de Janeiro, 25 de Junho de 2025

Conflito no Oriente Médio tende a pressionar cotação do petróleo

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Sexta, 20 de Outubro de 2023 às 18:49, por: CdB

Tais projeções implicariam forte aumento da inflação e seriam um pesadelo para os formuladores de políticas monetárias ao redor do mundo. Oficiais nas reuniões do Fundo Monetário Internacional na semana passada também se concentraram no potencial impacto do petróleo, e a chefe do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, reiterou o risco em uma reunião na semana passada com ministros das Finanças.


Por Redação, com Bloomberg - de Nova York, NY-EUA

O conflito no Oriente Médio tende a fazer o preço do petróleo disparar para US$ 140 o barril e levar o mundo à uma recessão, de acordo com Ana Boata, economista-chefe da área de Research da Allianz Trade. Em entrevista à agência norte-americana de notícias Bloomberg, a analista sediada em Paris vê uma probabilidade da ordem de 20% de uma materialização desse cenário, com a escalada do conflito entre Israel e o Hamas se tornando um conflito maior na região que pode interromper o suprimento de petróleo.

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Caças israelenses bombardearam alvos em Gaza


— Preços mais altos do petróleo. Esse é o impacto direto. Podemos esperar que os preços do petróleo subam de US$ 90 por barril para US$ 140 no pico, e até US$ 120 em média no próximo ano — afirmou nesta sexta-feira, ao detalhar como esse cenário se desdobraria.

 

Reunião


Tais projeções implicariam forte aumento da inflação e seriam um pesadelo para os formuladores de políticas monetárias ao redor do mundo. Oficiais nas reuniões do Fundo Monetário Internacional na semana passada também se concentraram no potencial impacto do petróleo, e a chefe do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, reiterou o risco em uma reunião na semana passada com ministros das Finanças.

— Claramente, a esses níveis de preços de energia, entendemos que os bancos centrais adotariam muito mais uma postura de esperar para ver antes de reduzir as taxas de juros. Isso poderia nos levar ao cenário de recessão que alguns já esperavam de qualquer forma no cenário base — resumiu Boata, que descreve um cenário de maior inflação e crescimento econômico ainda mais fraco.

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