A leitura marca o sexto mês seguido de altas tímidas nas vendas e o melhor resultado para outubro desde de 2016, quando o ganho ficou em pífios 0,5%. Em relação a outubro de 2018, houve alta de 4,2% nas vendas varejistas. As expectativas em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters eram de avanços de 0,3% na comparação mensal.
Por Redação - do Rio de Janeiro
O setor de varejo no Brasil seguia perto da estagnação, em outubro, com aumento das vendas abaixo do esperado, iniciando o quarto trimestre com ganhos residuais em combustíveis e materiais para escritório. O volume das vendas no varejo subiu apenas 0,1% em outubro na comparação com o mês anterior, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira.
A piora do índice foi provocada pelo recuo do Índice de Situação Atual, que mede a confiança no momento presente e que caiu 3,6 pontos
A leitura marca o sexto mês seguido de altas tímidas nas vendas e o melhor resultado para outubro desde de 2016, quando o ganho ficou em pífios 0,5%. Em relação a outubro de 2018, houve alta de 4,2% nas vendas varejistas. As expectativas em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters eram de avanços de 0,3% na comparação mensal e de 3,8% sobre um ano antes.
— O varejo não perdeu força ou fôlego, podemos dizer que foi um acomodação. A conjuntura ainda está favorável ao consumo e à demanda, com mais gente no mercado de trabalho, inflação baixa e mais crédito com juros em queda — argumenta a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.
Ajuste
Entre as oito atividades pesquisadas, seis tiveram resultados positivos em outubro, com destaque para a alta de 5,3% em Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e de 1,7% de Combustíveis e lubrificantes.
Na outra ponta, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentaram queda de 0,1%, enquanto as vendas de Livros, jornais, revistas e papelaria caíram 1,1%.
— A alta do varejo não foi maior porque os supermercados caíram depois de uma sequência de cinco meses. Mas foi apenas um ajuste — assinala Isabella.
No varejo ampliado houve alta de 0,8% em relação a setembro, com aumento de 2,4% nas vendas de Veículos, motos, partes e peças e de 2,1% de Material de construção (2,1%).
O Consumo das Famílias registrou alta de 0,8% no terceiro trimestre em comparação com os três meses anteriores, mantendo-se como importante motor do crescimento no país e ajudando o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil a crescer 0,6% no período.