Cláudio Castro sai das urnas maior do que Bolsonaro, com apoio do PT

A cidade tornou-se vitrine para o grupo político com as inúmeras políticas públicas voltadas para a população mais pobre, como ônibus de graça, moeda social e universidade. A derrota de Marcelo Freixo (PSB) também representou uma perda acentuada de votos para Lula e o consequente crescimento do candidato neofascista, Jair Bolsonaro (PL).

Por Redação - do Rio de Janeiro

A reeleição do governador Cláudio Castro (PL) em quase todos os municípios do Estado do Rio de Janeiro — até em Maricá, principal reduto eleitoral do PT — o levou a expressivos 58,67% dos votos válidos e à eleição, no primeiro turno. Maricá sempre foi uma ilha da esquerda entre as gestões de seu entorno, sendo a única prefeitura do PT no Estado.

A cidade tornou-se vitrine para o grupo político com as inúmeras políticas públicas voltadas para a população mais pobre, como ônibus de graça, moeda social e universidade. A derrota de Marcelo Freixo (PSB) também representou uma perda acentuada de votos para Lula e o consequente crescimento do candidato neofascista, Jair Bolsonaro (PL). Após os resultados, o ex-prefeito de Maricá e vice-presidente do PT, Washington Quaquá, afirmou nas redes sociais que a vitória de Jair Bolsonaro (PL) em Maricá é um “absurdo”, mas argumentou que está “cheio de bolsonarista na prefeitura”. O agora deputado federal, eleito com 113 mil votos, no entanto, em momento algum escondeu as críticas ao socialista Freixo. Sua ligação com setores do governo do Estado também foi exposta.

Pisando em ovos

A vitória de Castro, com evidente apoio de setores petistas, no entanto, reduz o poder de fogo do governador reeleito em favor de Bolsonaro contra Lula, no segundo turno em marcha. O governador superou, nas urnas, os 51,09% obtido por Bolsonaro no Estado. O Rio, no entanto, é considerado, junto com Minas Gerais e São Paulo, um dos principais focos da campanha de Bolsonaro na tentativa de inverter a diferença de votos para Lula registrada no primeiro turno.