Rio de Janeiro, 16 de Junho de 2025

China treina robôs humanoides para guerra mas preserva empregos

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Domingo, 18 de Maio de 2025 às 16:59, por: CdB

A edição de 2025 da feira internacional de defesa IDEX, realizada no final de fevereiro em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, apresentou uma nova era para a indústria militar global.

Por Redação, com agências internacionais – de Pequim

Os robôs humanoides da China não substituirão os trabalhadores humanos e não causarão desemprego em massa, de acordo com uma autoridade chinesa que supervisiona um centro de tecnologia em Pequim, em meio a uma rápida expansão do setor e do financiamento estatal para ele. O treinamento das máquinas para o campo militar também é uma constante nas pesquisas do setor.

China treina robôs humanoides para guerra mas preserva empregos | O robô-soldado chinês tem habilidades testadas em campo
O robô-soldado chinês tem habilidades testadas em campo

A edição de 2025 da feira internacional de defesa IDEX, realizada no final de fevereiro em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, apresentou uma nova era para a indústria militar global. Com a presença de mais de 1.565 empresas de 65 países, a exposição foi marcada por inovações tecnológicas surpreendentes e o protagonismo crescente de nações como China, Rússia, Estados Unidos e Irã na corrida por equipamentos de guerra baseados em automação, robótica e inteligência artificial.

Na China, Liang Liang, vice-diretor da Área de Desenvolvimento Econômico-Tecnológico de Pequim, que abriga um dos maiores centros de tecnologia do país, disse em recente entrevista à mídia internacional acreditar que os robôs humanoides não substituirão seus criadores humanos, mas aumentarão a produtividade e operarão em ambientes perigosos.

— Não acreditamos que os robôs deixarão as pessoas desempregadas, mas sim que eles aumentarão a eficiência ou assumirão tarefas que os humanos não estão dispostos a fazer – como explorar o vasto universo ou as profundezas do oceano onde as pessoas não podem ir. As máquinas podem nos ajudar nessa exploração — prevê Liang.

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Futuro

Liang explicou que a primeira meia maratona de robôs do mundo, realizada no mês passado em Pequim, foi deliberadamente organizada de forma a destacar as esperanças dele e de outras autoridades de que esses humanoides apoiem e auxiliem os humanos, em vez de substituí-los.

A meia maratona contou com duas pistas separadas por um corrimão, com humanos competindo entre si de um lado, enquanto do outro lado 20 equipes operavam um robô, cada uma com tamanho e capacidade muito diferentes.

— Veja, na maratona, os humanos têm sua pista, onde ultrapassam seus limites físicos, e as máquinas têm sua própria pista, onde desafiam conjuntamente seus limites, mas não estão tentando dominar a pista humana para correr até a linha de chegada. O futuro também será assim — imagina.

Liang falou aos repórteres na sede da X-Humanoid, apoiada pelo Estado, também conhecida como Pequim Humanoid Robotics Innovation Centre, cujo robô Tiangong Ultra venceu a primeira meia maratona de robôs.

— Quando for noite e os humanos precisarem descansar, as máquinas poderão continuar trabalhando, fornecendo-nos produtos melhores, mais baratos e mais fáceis de usar. Portanto, vemos isso como a direção de nosso desenvolvimento futuro — concluiu.

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