Em dezembro, a Comissão Europeia, em nome dos 27 países da UE, e Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, pelo Mercosul, anunciaram a conclusão das negociações para um acordo que criaria um mercado de 700 milhões de pessoas.
Por Redação, com Reuters – de Paris
Os países-membros da União Europeia (UE) devem ratificar rapidamente o tratado de livre comércio entre o bloco europeu e os países do Mercosul, ao qual a França se opõe, pediu nesta quarta-feira o novo chanceler alemão Friedrich Merz.

— O acordo com o Mercosul deve ser ratificado e implementado rapidamente — declarou, durante uma entrevista coletiva ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron.
Em dezembro, a Comissão Europeia, em nome dos 27 países da UE, e Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, pelo Mercosul, anunciaram a conclusão das negociações para um acordo que criaria um mercado de 700 milhões de pessoas.
Impacto
O acordo ainda precisa ser aprovado por pelo menos 15 Estados membros da UE que representem 65% da população do bloco, e depois conseguir a maioria no Parlamento Europeu. Também deve ser aprovado por cada país do Mercosul.
A França lidera um grupo de países europeus que se opõem à ratificação do acordo pelo impacto que teria sobre o setor agrícola.
Se for ratificado, a UE, principal parceira comercial do Mercosul, poderia exportar com mais facilidade carros, equipamentos e produtos farmacêuticos, enquanto o bloco sul-americano poderia vender mais carne, açúcar ou soja para a Europa.
Diante das tarifas elevadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, a icônica montadora de automóveis de alto luxo Ferrari afirmou que política tarifária dos EUA representam um risco potencial para a rentabilidade da empresa, tornando-se a mais recente indústria a alertar para um impacto nos lucros ou a reduzir as previsões financeiras, uma vez que muitos citam a incerteza agravada no mercado.
Relatório
A Ferrari referiu no seu relatório financeiro do primeiro trimestre que a empresa estava sujeita a um “potencial risco” de uma redução de 50 pontos base nos lucros em 2025, uma vez que o fabricante de automóveis de luxo citou a “introdução de tarifas de importação de automóveis (europeus)” para os EUA.
Anteriormente, o CEO da Mattel, Ynon Kreiz, afirmou que “é difícil dizer onde as coisas vão parar e como a situação tarifária vai evoluir”, e a empresa de brinquedos anunciou que suspendeu a sua orientação para o ano inteiro até que “tenha visibilidade suficiente, dado o ambiente macroeconómico volátil e a evolução da situação tarifária dos EUA”, e poderá aumentar os preços dos seus brinquedos “quando necessário”.
A Ford, por sua vez, anunciou que espera que as tarifas reduzam os seus lucros antes de juros e impostos em cerca de US$ 1,5 bilhões em 2025, e suspendeu a sua orientação para o ano inteiro, citando “o potencial de perturbação da cadeia de abastecimento em toda a indústria com impacto na produção”.