Rio de Janeiro, 21 de Junho de 2025

Canais da mídia de direita tentam normalizar facada e reduzir suspeita

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Sexta, 07 de Janeiro de 2022 às 12:53, por: CdB

"Quando dizem: a esquerda não acredita na ‘facada’, querem esconder que a esquerda duvida mesmo é na versão apresentada sobre quem era Adélio e de que agira sozinho. A ação de Adélio, com faca penetrando na carne, favoreceu ao candidato que carregava Paulo Guedes, o homem de interesse do mercado e da Globo, no projeto Bolsonaro", afirma Fábio Lau.

Por Redação - do Rio de Janeiro
O episódio da suposta facada no então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro, durante evento de campanha na cidade mineira de Juiz de Fora, volta aos holofotes da opinião pública brasileira agora, após nova internação do mandatário neofascista em meio às crises política e humanitária que se abatem sobre o país.
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Além da prorrogação, Savino determinou que Adélio Bispo seja submetido a nova avaliação psiquiátrica
Desacreditado em matéria especial do Correio do Brasil nesta quarta-feira, assinada pelos jornalistas Fábio Lau e Gilberto de Souza, o ato cometido por Adélio Bispo tem cada vez mais indícios de uma ação orquestrada a várias mão.

Paulo Guedes

Em comentário publicado em uma rede social, nesta sexta-feira, Lau reafirma a série de dúvidas e fatos incontestáveis que cercam o episódio: “Há um discurso afinado entre a Globonews (nesta quarta-feira) e Bolsonaro (nesta quinta-feira)  sobre a ‘facada’. Ambos enfatizam que ‘houve facada’. Ou, em outras palavras, que a faca entrou. E que desacreditá-la é coisa da esquerda.  “É estranho focarem na ação e esconder a intenção. A chance de a facada ter sido uma armação é maior do que de não ter havido facada. Facada armada, para fins eleitorais, também entra. “Quando dizem: a esquerda não acredita na ‘facada’, querem esconder que a esquerda duvida mesmo é na versão apresentada sobre quem era Adélio e de que agira sozinho. A ação de Adélio, com faca penetrando na carne, favoreceu ao candidato que carregava Paulo Guedes, o homem de interesse do mercado e da Globo, no projeto Bolsonaro.

Mamadeira

“Duvidar da facada, portando, é duvidar de que tenha sido uma ação deliberada de um celerado. E que Bolsonaro e seu corpo de seguranças e amigos mais próximos desconhecessem. Lembremos que exatamente naquele dia ele dispensou alguns colaboradores, foi para Juiz de Fora e não usava coletes. E que Adélio estava ali, livre, leve e solto, em meio a tantos capangas e que nada fizeram para conter sua aproximação e menos ainda após ferir o ‘mito’. “O documentário de Joaquim de Carvalho é, portanto, corretíssimo quando levanta a questão: a quem favoreceu a facada. E torna-se suspeitíssimo, também, não se suspeitar da intenção da ‘facada’ - mas se ater ao primarismo de que "a faca entrou". “É a mamadeira erótica da direita envergonhada”, conclui.
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