Naquela época, o efetivo estava em 92,5 milhões. A data de referência do levantamento é o dia 31 de dezembro de cada ano. O novo relatório mostra uma alta de 4,3% (ou 9,8 milhões a mais) em relação ao efetivo de 2021 (224,6 milhões). Na comparação com o Censo Demográfico 2022, também produzido pelo IBGE, a nova edição da PPM sinaliza que o rebanho bovino (234,4 milhões de cabeças) foi 15,4% maior do que o número de habitantes no país
Por Redação - do Rio de Janeiro
O rebanho bovino brasileiro volta a crescer, no Brasil, e alcançou outro recorde em 2022, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período, o número de cabeças de gado aumentou para 234,4 milhões e alcança o maior resultado já registrado na Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), cuja série histórica reúne estatísticas desde 1974.

Naquela época, o efetivo estava em 92,5 milhões. A data de referência do levantamento é o dia 31 de dezembro de cada ano. O novo relatório mostra uma alta de 4,3% (ou 9,8 milhões a mais) em relação ao efetivo de 2021 (224,6 milhões). Na comparação com o Censo Demográfico 2022, também produzido pelo IBGE, a nova edição da PPM sinaliza que o rebanho bovino (234,4 milhões de cabeças) foi 15,4% maior do que o número de habitantes no país. O Censo contabilizou 203,1 milhões de pessoas vivendo no Brasil até 31 de julho de 2022, data de referência da contagem populacional.
Em termos absolutos, a diferença foi de 31,3 milhões de cabeças de gado a mais do que habitantes. No primeiro semestre de 2023, o Brasil abateu 15,6 milhões de bovinos, segundo dados preliminares de outra pesquisa do IBGE. O novo crescimento do rebanho, diz o instituto, está associado ao chamado ciclo da pecuária. Nos últimos anos, houve incentivo à atividade com a elevação dos preços pagos pelos bezerros.
Mato Grosso
Com 77,2 milhões de animais, o Centro-Oeste é a principal região produtora de gado. Mas o maior aumento de rebanho ficou com o Norte, impulsionado pelos pastos de Rondônia, do Pará, Tocantins e Acre.
Apesar de Mato Grosso liderar o ranking nacional, o município com maior quantidade de cabeças é paraense: São Félix do Xingu, com rebanho de 2,5 milhões de animais. A cidade tem 65.418 habitantes, de acordo com o Censo 2022. Isso significa que o número de cabeças de gado é 38 vezes maior que a quantidade de moradores.
A produção de leite, no entanto, diminuiu 1,6% no ano passado, ficando em 34,6 bilhões de litros. De acordo com o IBGE, a redução ocorreu pelo fato de a criação de vacas ter ficado mais onerosa para pequenos produtores.
“Foi observado um abandono da atividade por produtores menores, que têm visto os valores dos insumos aumentarem e concluído que o arrendamento da terra para a produção de grãos, atividade em expansão em partes do país, daria melhor retorno financeiro”, conclui a pesquisa.