No ano passado, o Brasil vendeu 2,89 milhões de toneladas de carne bovina para cerca de 150 países, totalizando US$12,9 bilhões.
Por Redação, com ABr – de Brasília
A indústria brasileira de proteína animal, maior exportador global de carnes, tem capacidade de realocar embarques que antes iriam para os EUA e deverá crescer entre 12% e 14% em volumes exportados em 2025 em relação ao ano passado. Os cálculos são do presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa.

— A despeito das tarifas e das questões geopolíticas, o brasileiro, principalmente o setor da pecuária, tem muita capacidade de articulação e realocação dos seus produtos — afirmou Perosa durante o Fórum Pecuária Brasil, promovido pela consultoria Datagro.
No ano passado, o Brasil vendeu 2,89 milhões de toneladas de carne bovina para cerca de 150 países, totalizando US$12,9 bilhões. Durante encontro na semana passada, Perosa havia dito que a exportação de carne bovina do Brasil em 2025 deveria crescer 12% em volume em relação a 2024.
Embarques
Além de contar com firme demanda global pela carne bovina, Perosa destacou ainda que o Brasil é competitivo e consegue manter parte dos embarques aos EUA, apesar das tarifas impostas por Donald Trump.
— A perda do nosso segundo maior mercado faz diferença. Mas pasmem, mesmo com a tarifa de 76,4% (dos EUA à carne bovina), ainda existe exportação para os EUA por conta da competitividade que nós conquistamos — acrescentou, na abertura do encontro.
Perosa comentou, ainda, ser necessário que o setor continue pressionando o governo brasileiro para negociar com os EUA a retirada da tarifa mais alta. O executivo notou que mercado dos EUA é altamente rentável e demandante, “e faz a diferença”.
Mercados
A Abiec prevê também que as receitas obtidas com as exportações brasileiras de carne bovina cresçam até 16% em 2025 ante 2024. Perosa disse que o segmento tem a expectativa de abertura de novos mercados para manter o crescimento.
Perosa disse, ainda, que o Brasil ainda trabalha para vender ao Japão, Turquia e Coreia do Sul, “que são mercados altamente rentáveis”, embora muito exigentes.
— Faltam ainda atender três mercado estratégicos, no início do ano faltavam quatro. O Vietnã foi aberto recentemente, e novas habilitações estão a caminho — concluiu.