Em entrevista em Washington na véspera, Guedes afirmou que não está preocupado com a alta do dólar, que na segunda-feira chegou a R$ 4,21. Guedes disse ainda que o país precisará se acostumar com uma taxa de juros mais baixa e um dólar mais alto.
Por Redação - de Brasília
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta terça-feira, que continua a torcer para que o dólar caia. Mas acrescentou que a moeda norte-americana em alta tem vantagens e desvantagens e que acata a posição defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o câmbio.
Bolsonaro (sem partido) diz também que torce para que as taxas de juros caiam, nos próximos meses
Em entrevista em Washington na véspera, Guedes afirmou que não está preocupado com a alta do dólar, que na segunda-feira chegou a R$ 4,21. Guedes disse ainda que o país precisará se acostumar com uma taxa de juros mais baixa e um dólar mais alto.
— Vi, ouvi e se ele falou está falado. Espero que caia, torço, torço para que caia a taxa Selic, que aumente nossa credibilidade diante do mundo, agora a economia, é como eu disse, eu sou técnico de futebol. Quem entra em campo são os 22 ministros. Paulo Guedes está jogando na economia — disse Bolsonaro ao ser perguntado se havia visto as declarações de seu ministro, ao sair do Palácio da Alvorada nesta manhã.
Prejuízos
Logo depois da entrevista do presidente, o dólar voltou a subir, superando R$ 4,25 — um recorde—, com a reação do mercado à declaração de Guedes de que o câmbio de equilíbrio “tende a ir para um lugar mais alto”.
O presidente disse ainda que há prós e contras no fato de a moeda norte-americana estar alta, mas não chegou a apresentar quais seriam os benefícios e os prejuízos do aumento do dólar. Na semana passada, Bolsonaro já havia declarado que gostaria de ver o dólar abaixo de R$ 4, mas atribuiu a alta a fatores externos, como a disputa comercial entre China e Estados Unidos.