A iniciativa recebeu um impulso a mais após a derrota significativa na votação do decreto presidencial que reajustava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Por Redação – de Brasília
A escalada na tensão entre o Palácio do Planalto e o Congresso levou o cerne político do governo a articular uma superfederação com partidos do campo progressista. A proposta, divulgada nesta quinta-feira pelas redes sociais de parlamentares petistas, foi levada nesta semana a lideranças do PCdoB, PV, PSB e PDT.

A iniciativa recebeu um impulso a mais após a derrota significativa na votação do decreto presidencial que reajustava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), articulada pela Câmara, mesmo após o governo ter recuado da proposta inicial para evitar confrontos.
A derrubada de um decreto presidencial não ocorria desde a gestão do então presidente Fernando Collor, deixando evidente a fragilidade da articulação política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo com o espaço oferecido ao chamado ‘Centrão’, na Esplanada dos Ministérios.
Protagonismo
Embora a proposta da superfederação não tenha provocado qualquer manifestação negativa entre os líderes partidários, tampouco foi recebida com entusiasmo. Entre os principais pontos de resistência, está a preocupação de partidos menores em perder protagonismo dentro de uma estrutura dominada pelo PT, maior força parlamentar entre os possíveis integrantes.
No caso do PSB, uma das legendas mais relevantes na centro-esquerda e que tem o vice-presidente Geraldo Alckmin, responsável pelos ministérios da Indústria e Comércio e do Empreendedorismo, a aproximação com o PT enfrenta dificuldades. Os socialistas avaliam que uma aliança formal tornaria o partido mais frágil diante da hegemonia petista, e sintetizam a posição das demais legendas.