Rio de Janeiro, 25 de Junho de 2025

Autoridade monetária prevê menos investimentos, em 2021

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Quinta, 17 de Dezembro de 2020 às 12:50, por: CdB

“Houve forte redução na projeção de IDP ... em virtude do resultado dos últimos meses, que refletem lucros reinvestidos em patamar mais deprimido e amortizações de operações intercompanhia acima do projetado no cenário anterior”, disse o BC, em relatório.

Por Redação - de Brasília
O Banco Central (BC) piorou, expressivamente, sua perspectiva quanto ao Investimento Direto no País (IDP) para este ano. O cálculo da autoridade monetária é que ele será de US$ 36 bilhões, ante projeção anterior de US$ 50 bilhões, feita em setembro.
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A projeção de ingresso de novos investimentos teve uma queda expressiva, segundo o BC
“Houve forte redução na projeção de IDP ... em virtude do resultado dos últimos meses, que refletem lucros reinvestidos em patamar mais deprimido e amortizações de operações intercompanhia acima do projetado no cenário anterior”, disse o BC, em Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira. Para o ano que vem, a previsão para o IDP também caiu a US$ 60 bilhões, contra patamar de US$ 65,2 bilhões visto em setembro. No relatório, o BC ajustou sua estimativa para o déficit em transações correntes a US$ 7 bilhões em 2020, abaixo do rombo de US$ 10,2 bilhões projetado em setembro. Segundo o BC, isso reflete “o desempenho favorável das exportações”. Para 2021, a projeção agora é de déficit em conta corrente de US$ 19 bilhões, acima do patamar de US$ 16,7 bilhões calculado antes.

Tudo bem

Para o diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, no entanto, é positivo o aumento de volatilidade do IDP, após o ajuste para baixo na perspectiva de ingresso no Brasil de investimentos estrangeiros. Os jornalistas, Kanczuk afirmou que havia certa estranheza com o fato de o IDP se manter estável, uma vez que ele tem um papel importante ligado à produtividade e com alinhamento de incentivos a reformas para o país crescer. Sobre a atividade econômica no Brasil, Kanczuk destaca que a retomada tem sido muito mais em formato de V do que no formato da Nike — com retorno mais lento — que chegou a ser aventado pelo BC. Os últimos relatórios do próprio Banco, contudo, o contradizem; inclusive o presidente da autarquia, o economista Roberto Campos Neto.
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