Nos últimos anos, embarcações militares dos EUA e, ocasionalmente, de nações aliadas, como Reino Unido e Canadá, navegaram pelo estreito, atraindo a ira da China, que reivindica Taiwan contra as objeções do governo democraticamente eleito da ilha.

Após protestos generalizados, o país de 1,4 bilhão de pessoas começou este mês a desmantelar seu impopular regime de “covid-zero" de confinamentos e testes que manteve o vírus sob controle por três anos, mas com grande custo econômico e psicológico.

A China relatou 28.127 novos casos transmitidos domesticamente na segunda-feira, aproximando-se do pico diário de abril, com infecções na cidade de Guangzhou, no sul, e em Chongqing, no sudoeste, respondendo por cerca de metade do total.

Uma das medidas já impostas na capital foi o confinamento de três dias em alguns bairros residenciais, onde foram identificados casos e possíveis contatos de risco. Se o número de infeções nestas zonas for aumentar, o bloqueio será prolongado.

O ministro não especificou como exatamente Taipé pretende responder se as aeronaves chinesas violarem o espaço aéreo da ilha, mas salientou que as Forças Armadas de Taiwan "definitivamente têm sua linha vermelha" e vão empregar contramedidas se essa linha de defesa da linha for cruzada.

A China reagiu negativamente à visita a Taiwan no início de agosto de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, intensificando desde então seus exercícios militares e sancionando Pelosi, sua família próxima e altos responsáveis taiwaneses.

A crise em Taiwan sempre opôs Washington e Pequim, mas se acirrou ainda mais no mês de agosto com uma série de visitas de parlamentares e governadores norte-americanos, incluindo a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.

As autoridades de Taiwan também informaram que oito aeronaves cruzaram a chamada "linha mediana" do estreito de Taiwan, entre as quais caças Su-30, J-11, J-16, bombardeiros JH-7 e antissubamarino Y-8.

Em reunião com oficiais militares, Tsai exaltou o "espírito" de defesa contra mais de um mês de bombardeio da China às ilhas de Kinmen e Matsu, controladas por Taiwan, perto da costa chinesa, que começou no final de agosto de 1958.

As sanções ocorrem depois que a presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos (EUA), Nancy Pelosi, visitou Taiwan este mês. A viagem foi considerada pela China um sinal errado para o que vê como forças pró-independência.

A visita de Pelosi a Taiwan na semana passada enfureceu a China, que considera a ilha autogovernada como seu território, que respondeu com lançamentos de teste de mísseis balísticos na região pela primeira vez, além de abandonar algumas linhas de diálogo com Washington.

Além disso, as autoridades de Pequim cancelaram uma reunião entre responsáveis de Defesa chineses e estadunidenses após a recente visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi.

Em 2020, quando o então secretário de Saúde norte-americano, Alex Azar, foi para o território, os jatos militares chineses chegaram a atravessar o estreito de Taiwan, que separa as duas áreas por mar, mas não fizeram um sobrevoo completo.

Há cerca de dois anos, as principais cidades da China exigem a utilização de uma aplicação para acesso a locais públicos ou residenciais. É preciso primeiro digitalizar o código QR, uma versão bidimensional do código de barras.

A partir de 11 de julho, as pessoas que desejam entrar em determinados lugares públicos precisarão estar vacinadas, a menos que tenham problemas que impeçam a imunização, disse uma autoridade municipal em entrevista coletiva. Restaurantes e transporte público estão isentos da regra.

O estreito de Taiwan tem sido palco de tensões, com aviões da China sobrevoando frequentemente a Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ, na sigla em inglês) de Taiwan, que defende ser um território renegado que se reunificará um dia com o país.

Milhões de pessoas estão enfrentando testes obrigatórios e milhares estão sob confinamentos direcionados, apenas alguns dias depois que a cidade começou a suspender as restrições generalizadas que duravam mais de um mês para combater um surto mais amplo desde o final de abril.

O ressurgimento de infecções também está levantando novas preocupações sobre as perspectivas para a segunda maior economia do mundo. A China ainda se recupera de forte golpe, causado por um confinamento de dois meses em Xangai, sua cidade mais populosa e centro comercial, que também afetou as cadeias de suprimentos globais.

Desde o fim de abril, a capital chinesa ,de 22 milhões de habitantes, enfrenta dezenas de novos casos por dia. Embora eles tenham ocorrido principalmente em áreas de quarentena, alguns foram identificados na comunidade em geral.

China tem repetidamente protestado contra passagens de navios dos EUA, rotulando-as de provocações deliberadas que ameaçam a paz e a estabilidade. Para reafirmar suas reivindicações, Pequim tem construído pistas de pouso e decolagem.