Em seu Angelus dominical, o líder da Igreja Católica citou "rios de sangue e lágrimas" no território ucraniano e contestou a narrativa russa de que a invasão é apenas uma operação especial, mas sem citar o país diretamente.

Desde que foi eleito em 2013, Francisco deslocou-se em 2015 ao Quênia, a Uganda e à República Centro-Africana e em setembro de 2019 visitou Moçambique, Madagascar e Ilhas Maurício. O líder da Igreja católica visitou também o Egito em 2017.

Em sua homilia, o pontífice lembrou o início da Quaresma e disse que as "orações e o jejum" dos católicos serão uma "súplica de paz" para a Ucrânia. Além disso, agradeceu a um padre ucraniano que faz a leitura da catequese em polonês na audiência geral.

Acreditava-se ser a primeira vez que um papa foi a uma embaixada para falar com um embaixador em um momento de conflito. Os enviados estrangeiros são normalmente convocados pela Secretaria de Estado do Vaticano ou se reúnem com o Papa no Palácio Apostólico.

Os Estados Unidos e aliados acusam a Rússia de violar flagrantemente a lei internacional, ao ordenar o envio de tropas a regiões separatistas do leste da Ucrânia e reconhecer Donetsk e Luhansk como repúblicas independentes.

A mensagem do papa surgiu após a leitura de uma passagem do Evangelho de São Lucas, na qual Jesus explica aos seus discípulos como se comportarem diante de quem tenta prejudicá-los, oferecendo a "outra face".

O papa, que tem feito da defesa do meio ambiente um pilar de seu pontificado, contou que pescadores italianos o procuraram e lhe disseram que encontraram muitas toneladas de plástico no Mar Adriático.

Francisco mostrou-se impressionado com as imagens da população, à espera da criança, durante as operações de resgate. Nos últimos dias, milhares de pessoas viajaram até a cidade de Tamorot, próximo de Chefchaouen, no norte do país, para acompanhar o caso, em sinal de solidariedade.

Ele fez a afirmação em mensagem enviada a participantes de mesa-redonda realizada na Expo Dubai 2020, com a participação de representantes da Santa Sé e de religiosos da Universidade Al-Azhar, do Cairo.

O homem, que aparentava ter entre 40 e 50 anos, gritava em inglês, mas não era possível entender o que ele falava. Ele estava de máscara, como todos os demais dentro do local da audiência, mas chegou a tirá-la enquanto berrava.

Francisco afirmou que lei canônica deve ser aplicada com rigor. Declaração vem um dia após relatório revelar que Bento XVI falhou em agir em relação a casos de abuso sexual de menores quando era arcebispo de Munique.

Em seu discurso, o papa encorajou os jornalistas da revista a narrar a "fraternidade possível entre os cristãos de igrejas e confissões que, infelizmente, ainda estão separadas, mas que na Terra Santa já estão perto da união".

"O papa oferece suas sinceras condolências e a certeza de sua proximidade espiritual aos atingidos por esta tragédia. Francisco confia as vítimas e suas famílias ao amor misericordioso de Deus Todo-Poderoso e invoca a consolação e a força de todos no Senhor", dizia o telegrama.

Diante de dezenas de pessoas reunidas na Sala Paulo VI do Vaticano, durante a audiência-geral que contou com um número surpreendente de circo, o papa refletiu sobre a figura de São José e a paternidade.

A declaração foi dada em uma mensagem pelo 30º Dia Mundial do Doente, data instituída por João Paulo II e que é celebrada anualmente em 11 de fevereiro. Por outro lado, Francisco saudou os "progressos da ciência médica".

Durante o primeiro Angelus do ano, o papa Francisco pregou a "atenção aos últimos e a promoção da justiça, com a coragem do perdão, que apaga as chamas do ódio”.

Citando 11 vezes a palavra "diálogo", pontífice destacou que não se pode fechar os olhos para os conflitos que "parecem nunca ter fim". "Estamos tão acostumados com eles, que imensas tragédias passam agora em silêncio".

Segundo Francisco, a "Cúria não é só um instrumento logístico e burocrático para as necessidades da Igreja universal, mas o primeiro organismo a ser chamado a dar testemunho, e até por isso, ela conquista cada vez mais autoridade e eficácia quando assume, em primeira pessoa, os desafios da conversão sinodal a que ela também é chamada".

Em encontro com novos embaixadores no Vaticano, o líder da Igreja Católica afirmou que é "importante que a comunidade internacional intensifique os esforços de cooperação para que as pessoas tenham acesso rápido" aos imunizantes.

Segundo Francisco, é preciso "observar com atenção particular a separação do foro interno e do foro externo, a duração dos mandatos e o acúmulo de poder" e ficar "atento aos abusos de autoridade e de poder".