Presidente ucraniano reagiu contrariado durante cúpula à posição da aliança de convidar o país quando “os aliados concordarem e os requisitos forem cumpridos”, sem estabelecer cronograma.

"O futuro da Ucrânia está na Otan", disse uma declaração aceita pelos líderes nesta terça-feira, acrescentando que a integração euro-atlântica de Kiev ultrapassou a necessidade de um Plano de Ação para a Adesão.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que apresentou um pacote que inclui a remoção da exigência de um Plano de Ação para Adesão (MAP), uma lista de objetivos políticos, econômicos e militares que outras nações do leste europeu tiveram que cumprir antes de ingressar na aliança.

Zelensky admitiu que a contraofensiva ucraniana “não é rápida, é um fato”. “No entanto, estamos avançando, não recuando, ao contrário dos russos”, garantiu aos jornalistas. “Agora, temos a iniciativa”, ressaltou.

O núcleo duro do presidente russo, Vladimir Putin, redobrou nesta segunda-feira os esforços para repor a calma na sequência da rebelião do Grupo Wagner.

Os aliados ainda precisam resolver as diferenças sobre como lidar com a intenção de adesão da Ucrânia, expressa por uma vaga declaração de 2008 de que ingressaria na organização sem definir como ou quando.

O relatório anual do Pentágono sobre a China, divulgado em novembro de 2022, observou que Pequim parecia acelerar sua expansão em 2021 e agora tem mais de 400 ogivas nucleares operacionais, um número ainda muito abaixo dos arsenais dos EUA e da Rússia.

Dirigindo-se aos líderes no início da reunião, Zelensky pediu aos membros da Otan que tomem uma decisão clara sobre a admissão da Ucrânia e também reiterou pedidos de caças ocidentais para proteger os céus ucranianos após outro ataque mortal em Kiev.

O presidente da Sérvia colocou o exército no nível mais alto de alerta de combate. A situação continuou tensa, no norte do território kosovar.

Há dias, em ato que continuou a ocorrer nesta segunda-feira, a Kfor vem reforçando a segurança nas sedes das prefeituras de Zvecan, que tem a situação de maior tensão, Leposavic, Zubin Potok e North Mitrovica.

A Rússia voltou a ser a "principal ameaça" para a Aliança, assim como havia decidido o encontro de Madri, e a China é vista sempre com mais preocupação por conta dos tons beligerantes do presidente Xi Jinping e das questões que envolvem Taiwan.

Força Aérea da Alemanha afirma que três aeronaves da Rússia viajavam no espaço aéreo internacional sem sinal de transponder, "em voos de reconhecimento".

A aproximação entre Kiev e a Otan é um dos motivos alegados pela Rússia para invadir o país vizinho, e o próprio Kremlin reforçou isso nesta quinta-feira, afirmando que impedir a adesão continua sendo "um dos objetivos" da guerra.

No início de abril, o Kremlin admitira que a instalação de armas nucleares em Belarus, anunciada pelo presidente Vladimir Putin em 25 de março, seria uma resposta à ampliação da Organização do Tratado das Nações Unidas (Otan).

A Rússia já havia advertido que não deixaria sem resposta a entrada da Finlândia na Otan, o que representa uma nova escalada nas relações com a Aliança Atlântica.

Num revés para Putin, entrada da Finlândia na aliança militar é oficializada. Stoltenberg diz que Kremlin queria menos Otan, mas terá mais.

As tentativas de resolução diplomática do conflito, afinal, não vêm sendo bem-sucedidas, e, em um cenário de agravamento, a guerra pode se alastrar.

Presidente turco determinou ao Parlamento que vote sobre ingresso da Finlândia na aliança militar. Político, porém, mantém veto à adesão da Suécia.

Segundo o secretário, a Federação Russa "está utilizando mais tropas, mais forças" do que no início da invasão, que começou há pouco mais de um ano: "O que (a Rússia) não tem em qualidade tenta compensar em quantidade."

A aprovação dos tratados da Otan e a adesão da Finlândia foram apoiadas por 184 parlamentares entre os 200 membros da Casa, com sete votando contra e uma abstenção.