Dois dias depois que o ataque israelense transformou uma área movimentada de Mawasi, perto da costa do Mediterrâneo, em um terreno baldio carbonizado, repleto de carros em chamas e corpos mutilados, os sobreviventes desabrigados disseram que não tinham ideia para onde deveriam ir.

De acordo com os relatos, os agentes do Hamas que protegeram o complexo também ficaram feridos. Os militares israelenses esclareceram ainda que "não se trata das tendas de pessoas deslocadas internamente" e enfatizaram que "o ataque foi preciso e teve como alvo apenas o complexo do Hamas" e não a zona humanitária.

O exército israelense anunciou que a sua operação visava combatentes “integrados na sede da UNRWA”, a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinos.

Nesta terça-feira, os tanques de Israel aprofundaram sua incursão em alguns distritos da Cidade de Gaza, incluindo Shejaia, Sabra e Tel Al-Hawa, onde os moradores relataram no dia anterior alguns dos combates mais ferozes desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.

Marcando nove meses desde o início da guerra em Gaza, desencadeada por atos terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023, movimento pró-democracia exige também dissolução do parlamento israelense.

O grupo militante disse que lançou 100 foguetes Katyusha contra uma base militar israelense em Golã e seus mísseis Falaq, de fabricação iraniana, contra outra base na cidade de Kiryat Shmona, perto da fronteira entre Israel e Líbano.

Nos últimos dias, tanques israelenses entraram em vários distritos no centro de Rafah e avançaram para oeste e norte da cidade. Nos ataques noturnos morreram pelo menos 12 pessoas, segundo as autoridades de saúde locais.

O médico liberado nesta segunda-feira foi o responsável por denunciar torturas físicas e psicológicas contra os palestinos mantidos presos por Israel.

Moradores e a mídia do Hamas disseram que os tanques avançaram mais para o oeste, para o bairro de Shakoush, em Rafah, forçando milhares de pessoas deslocadas a deixarem seus acampamentos e se dirigirem para o norte, para a vizinha Khan Younis.

Moradores do bairro de Shejaia disseram que foram surpreendidos por tanques que chegaram e dispararam com drones, atacando também após bombardeios durante a noite.

O governo do Canadá não ofereceu evacuar seus nacionais. Em vez disso, emitiu um alerta para evitar viagens ao Líbano. As tensões no Oriente Médio têm aumentado nos últimos dias com trocas de tiros entre Israel e o Hezbollah.

Dois dos ataques aéreos israelenses atingiram duas escolas na Cidade de Gaza, matando ao menos 14 pessoas, segundo os médicos. Outro ataque a uma casa no campo de Shati, um dos oito campos de refugiados históricos da Faixa de Gaza, matou outras 10 pessoas.

Decisão define disputa histórica e coloca em risco coalizão de Benjamin Netanyahu, que inclui partidos ultraortodoxos. O serviço militar é obrigatório em Israel, mas os judeus ultraortodoxos podem evitá-lo se se dedicarem ao estudo dos textos sagrados do judaísmo em seminários religiosos.

Segundo o ministério, a morte de Hani al-Jaafarawi elevou para 500 o número de funcionários de saúde mortos por Israel desde 7 de outubro. Ao menos mais 300 pessoas foram detidas até o momento.

Os moradores disseram que os israelenses pareciam estar tentando concluir a captura de Rafah, a cidade no extremo sul do enclave que tem sido o foco de um ataque israelense desde o início de maio.

A fronteira entre Israel e Líbano é cenário de confrontos de artilharia quase diários desde 7 de outubro, data do início da guerra entre o Estado hebreu e o grupo islamista palestino Hamas em Gaza.

Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira, as autoridades da capital belga consideraram impossível, por razões de ordem pública, organizar o encontro no estádio Roi-Baudouin no dia 6 de setembro.

A tensão levou a administração do presidente Joe Biden a negar a acusação e a ficar "frustrada" com as declarações. Segundo um responsável do governo dos EUA, citado pela CNN, as falas de Netanyahu foram consideradas "improdutivas" e "completamente falsas".

A declaração ocorre no momento em que as tensões aumentam na fronteira comum com o Líbano, após trocas de tiros entre o grupo e forças israelenses nas últimas semanas.

Estudantes de várias escolas secundárias do centro de Israel iniciaram greves e juntaram-se aos bloqueios, exigindo a libertação de reféns, informaram os meios de comunicação locais.