Os sobreviventes da região propensa a terremotos estão lutando por necessidades básicas.

O balanço atualizado foi divulgado nesta terça-feira pelo porta-voz do governo talebã no país, Zabihullah Mujahid, que diz que, apenas na província de Kunar, ao menos 1.411 pessoas morreram no abalo sísmico.

O desastre deve sobrecarregar ainda mais os recursos da administração Talebã no país, devastado pela guerra, que já está enfrentando crises humanitárias.

As chuvas torrenciais mais mortais dos últimos dias atingiram diferentes distritos da província de Khyber-Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistão.

Os talebãs voltaram ao poder em 2021, após derrubarem o governo apoiado pelos países ocidentais em meio à retirada das tropas norte-americanas, depois de 20 anos de intervenção no país.

Cerca de 10 outros soldados ficaram feridos, alguns em estado grave, e estavam sendo levados de avião para um hospital militar, disseram as fontes.

O Estado Islâmico-Khurasan, um afiliado local do Estado Islâmico, sediado no Oriente Médio, tem travado uma insurgência contra o Talebã, que é visto como seu inimigo.

Além de esconder rostos, mulheres só podem agora se comunicar em casa. Regime justifica medida alegando que a voz de uma mulher é algo íntimo.

Não há celebrações públicas da data. É proibida a utilização da bandeira nacional afegã, em uso até a chegada dos talebãs ao poder,

Após o seu retorno ao poder no Afeganistão, em agosto de 2021, os talebãs forçaram as funcionárias públicas a ficar em casa, mas continuaram pagando-lhes um salário, mesmo que não trabalhassem mais.

As chuvas sazonais, excepcionalmente intensas, têm causado estragos em várias zonas do Afeganistão, matando centenas de pessoas e destruindo propriedades e colheitas.

Os sobreviventes ficaram sem casa, sem terra e sem fonte de subsistência, disse a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Dos mais de 40 milhões de afegãos, 80% dependem da agricultura para sua sobrevivência.

Primavera anomalamente chuvosa após inverno seco castiga um dos países mais pobres e mais vulneráveis às mudanças climáticas, mas também um dos menos preparados para suas consequências.

A aeronave desaparecida fazia parte do registro estatal russo de aeronaves civis, relatou, por sua parte, a Agência Federal dos Transportes Aéreos da Rússia (Rosaviatsiya).

Cercado por montanhas, o Afeganistão tem um histórico de fortes terremotos, muitos deles na região acidentada de Hindu Kush, na fronteira com o Paquistão. A província de Herat faz fronteira com o Irã, que disse que enviaria ajuda humanitária.

A administração do Talebã disse que há pelo menos 2,4 mil mortos e muitas outras pessoas feridas devido ao terremoto, que está entre os mais letais do mundo este ano depois dos tremores na Turquia e na Síria, nos quais cerca de 50 mil pessoas morreram.

O epicentro do terremoto foi a 40 quilômetros do local, e foram sentidos tremores secundários.

Os grupos mais visados pelos talebãs têm sido antigos membros do Exército, da polícia e dos serviços de informação do país, de acordo com a Missão de Assistência das Nações Unidas (Unama) no Afeganistão.

A retomada do controle político pelo grupo conservador no Afeganistão só foi possível depois da retirada dos militares norte-americanos do país e da fuga do ex-presidente Ashraf Ghani para os Emirados Árabes Unidos.

A primeira execução pública do atual governo talebã no Afeganistão ocorreu em dezembro, na província de Farah, no Oeste do país. As execuções públicas eram comuns durante o primeiro regime talebã, entre 1996 e 2001.