Em entrevista ao canal de TV aberta SBT, em setembro, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o BC, além de metas para a inflação, precisa estabelecer metas de crescimento econômico e de geração de emprego.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos empresários brasileiros de quatro setores pesquisados nas sondagens da FGV. Os quatro segmentos da economia tiveram queda na confiança: indústria e comércio (-3,8 pontos), serviços (-2,6 pontos) e construção (-0,8 ponto).

O item transportes continuou com deflação, mas a queda de preços foi menor porque passou de -2,63% para -0,19%. Dois grupos tiveram queda: educação, leitura e recreação (de 4,36% para 3,07%) e comunicação, cuja deflação se acentuou, indo de -0,52% para -0,73%).

A verba para a moradia da população mais pobre caiu de R$ 665 milhões para apenas R$ 34 milhões no projeto de orçamento de 2023. A maior parte dos cortes foi feita para acomodar as emendas do orçamento secreto, que somam R$ 19,4 bilhões para 2023.

Em setembro, houve deflação de 0,29%, o terceiro mês seguido de queda no indicador. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,09% no ano e 7,17% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Espremidos entre os movimentos pró-Bolsonaro e pró-Lula, personagens do PSDB, do MDB e do establishment que os acompanha na agenda econômica acabaram buscando uma boia de salvação no alinhamento democrático à candidatura do petista.

As seis atividades do setor do comércio pesquisadas pela FGV tiveram queda na confiança. O Índice da Situação Atual, que mede a percepção do empresariado em relação ao presente, caiu 3,4 pontos e chegou a 102,3, o menor nível desde maio. O Índice de Expectativas cedeu 4,1 pontos e atingiu 93,8.

Dos 19 segmentos industriais pesquisados pela FGV, 17 registraram queda de confiança dos empresários. O resultado do ICI em outubro foi puxado principalmente pelo recuo do Índice da Situação Atual, que verifica a confiança no presente e que caiu 4,5 pontos

Descontada a inflação esperada para os próximos 12 meses, de 5,11%, os juros reais do Brasil ficaram em 7,8% – suficientes para manter o país no topo da lista, acima de México, Colômbia e Chile. A taxa de juros real é calculada com abatimento da inflação.

O ministro da Economia, empresário Paulo Guedes, participou de um debate sobre o cenário econômico nacional, nesta quarta-feira, com empresários do setor produtivo de Minas Gerais. O evento também reuniu representantes do governo de Romeu Zema (Novo).

Em evento na Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) nesta quarta-feira, Guedes justificou o porquê de o governo federal ter furado o teto de gastos no passado, argumentando que a medida foi mal construída.

No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 até perdeu fôlego, mas continua em alta. O avanço atingiu 6,85% até outubro. Estava em 7,96% até setembro. O IPCA-15 é um indicador prévio de inflação. Os preços são coletados entre a segunda metade do mês anterior e a primeira metade do atual.

Segundo a coordenadora das sondagens da Fundação Getúlio Vargas, Viviane Seda Bittencourt, o resultado aponta uma mudança de comportamento, com melhora das avaliações sobre o momento atual influenciada pelos consumidores de menor poder aquisitivo e uma revisão das expectativas para os próximos meses dos consumidores com maior poder aquisitivo.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Copom. A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

As agências admitiram que se surpreenderam com o ritmo acelerado, mesmo após o baixo índice registrado no trimestre imediatamente anterior, de abril a junho, quando o país cresceu apenas 0,4%. As mídias apontaram restrições econômicas devido à pandemia de covid-19 e uma "crise imobiliária" como fundamentos para as expectativas de um PIB menor.

Atualmente, as medidas como o aumento no valor do Auxílio Emergencial e a implementação dos benefícios para caminhoneiros e taxistas têm um impacto econômico limitado no setor de serviços, já que não produzem estímulos suficientes para alavancar o desenvolvimento de outros setores produtivos.

A faixa de idade de 30 a 39 anos foi a que apresentou mais devedores entre todos os grupos, 23,99%, um total de 15 milhões de pessoas, que equivale a 43,86% dos componentes da faixa de idade. Entre os sexos, a distribuição total dos inadimplentes foi composta 50,90% por mulheres e 49,10% por homens. A dívida por consumidor em setembro era de R$ 3.688,96, em média.

A campanha do PT não deixa margem de dúvidas quanto ao assunto, chegando a afirmar no plano de governo entregue à Justiça Eleitoral que buscará uma reforma tributária para "os pobres pagarem menos e os ricos, mais". Membros da campanha de Bolsonaro, por sua vez, sinalizam também aumentar a taxação sobre renda e diminuir sobre consumo.

Para a FGV, a queda da atividade econômica de julho para agosto está associada a retrações na indústria e nos serviços. Pela ótica da demanda, o consumo das famílias caiu 0,5% no período, enquanto a formação bruta de capital fixo (investimentos) cresceu 0,7%.

É a maior alta para os nove primeiros meses do calendário em 28 anos, ou desde o início do Plano Real, apontam dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Trata-se do avanço mais intenso para o acumulado de janeiro a setembro desde 1994.