Na tarde passada, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva de Zambelli; além do bloqueio de seus bens e da inclusão do nome da parlamentar na lista de difusão vermelha da Interpol.
Por Redação – de São Paulo
Condenada a 10 anos de prisão, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) encontra-se em Roma, segundo confirmou sua assessoria a jornalistas, nesta quinta-feira. A parlamentar confirmou, na véspera, sua fuga do Brasil e avisou que não voltará mais ao país. Em um vídeo transmitido pela internet, Zambelli manifestou a intenção de, no exterior, ter uma atuação como a do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos, que promove uma ofensiva contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e à democracia brasileira.

Na tarde passada, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva de Zambelli; além do bloqueio de seus bens e da inclusão do nome da parlamentar na lista de difusão vermelha da Interpol, o que de fato ocorreu nesta quinta-feira. Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) enviado ao STF após o anúncio da fuga.
Bloqueio
No pedido, a Procuradoria afirmou que não pretende antecipar o cumprimento da pena de Zambelli, mas “assegurar a devida aplicação da lei penal”.
O bloqueio determinado por Moraes atinge os passaportes da deputada; o salário pago pela Câmara; os bens, ativos e contas bancárias, inclusive para recebimento de Pix; os veículos e imóveis; e as embarcações e as aeronaves eventualmente registradas no nome dela.
Segundo Moraes, a escapada de Zambelli representa “fuga do distrito de culpa”. “A ré declarou que pretende insistir nas condutas criminosas, para tentar descredibilizar as instituições brasileiras e atacar o próprio Estado democrático de Direito, o que justifica, plenamente, a decretação de sua prisão preventiva”, conclui.