Rio de Janeiro, 25 de Junho de 2025

Ultradireita já não usa tanques para golpes de Estado, afirma Vannuchi

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Terça, 24 de Junho de 2025 às 19:11, por: CdB

Vannuchi foi eleito na semana passada para integrar o Comitê sobre Desaparecimentos Forçados da ONU. O grupo é composto por dez membros com a função de receber denúncias e investigar casos de desaparecimentos.

Por Redação – de São Paulo

Ex-ministro dos Direitos Humanos e integrante eleito do Comitê sobre Desaparecimentos Forçados da Organização das Nações Unidas (ONU), o jornalista Paulo Vannuchi alerta para o avanço da extrema direita, dentro das instituições democráticas.

Ultradireita já não usa tanques para golpes de Estado, afirma Vannuchi | Vannuchi constata que ultradireita atua de forma diferente na tentativa de derrubar a democracia
Vannuchi constata que ultradireita atua de forma diferente na tentativa de derrubar a democracia

— A ultradireita, o fascismo, parou de atacar a democracia só pelos canais do tanque de guerra. Entra dentro, forma um partido como o PL, cria um candidato como o (ex-presidente Jair) Bolsonaro (PL) e tenta destruir a democracia por dentro — afirmou nesta terça-feira, em entrevista à Rádio Brasil de Fato.

 

Imigrantes

Vannuchi foi eleito na semana passada para integrar o Comitê sobre Desaparecimentos Forçados da ONU. O grupo é composto por dez membros com a função de receber denúncias e investigar casos de desaparecimentos, tanto em casos de regimes autoritários do passado, quanto de casos mais atuais.

Ao comentar o papel dos EUA nas violações de direitos de imigrantes, Vannuchi denuncia a prática de desaparecimentos no sistema migratório, com pessoas enviadas para prisões em outros Estados ou até em outros países.

— Os Estados Unidos nasceram com uma declaração de direitos, e até hoje ostentam uma imagem de defensores dos direitos humanos, mas desacatam todas as decisões da ONU — acrescentou.

Segundo Vannuchi, o país se nega a ratificar convenções internacionais sobre desaparecimento forçado, mesmo sendo responsável por graves violações contra migrantes.

— Os Estados Unidos, espertamente, estimulam, fazem os países da ONU criar as convenções, mas eles não se submetem”, critica. “Mas a pressão política, moral e ética vai ser feita — concluiu.

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