Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Ucrânia volta a confirmar que não deseja negociações com a Rússia 

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Segunda, 18 de Julho de 2022 às 08:17, por: CdB

Nesta segunda-feira, o chanceler ucraniano, Dmitry Kuleba, disse em entrevista ao Forbes Ukraina que as negociações com o lado russo são possíveis apenas após a derrota de Moscou. Conforme disse, agora não há motivos para negociações com a Rússia.

Por Redação, com Sputnik - de Moscou

Kiev confirmou mais uma vez que não tem intenções de conduzir negociações com Moscou, porque o presidente Vladimir Zelensky não quer a paz, constatou nesta segunda-feira a representante oficial do MRE russo, Maria Zakharova.

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Kiev volta hoje a confirmar que não deseja negociações com a Rússia nem quer paz

Nesta segunda-feira, o chanceler ucraniano, Dmitry Kuleba, disse em entrevista ao Forbes Ukraina que as negociações com o lado russo são possíveis apenas após a derrota de Moscou. Conforme disse, agora não há motivos para negociações com a Rússia.

– Todos entendem que as negociações estão ligadas diretamente à situação na frente. Digo a todos os parceiros uma coisa simples: 'A Rússia deve se sentar à mesa de negociações após sua derrota no campo de batalha. Caso contrário, voltaria à linguagem dos ultimatos' – afirmou.

– É a resposta a todos aqueles que criticam a Rússia por 'não negociar com o regime de Kiev'. O próprio regime de Kiev se recusou. Kuleba confirmou isso mais uma vez hoje – disse Zakharova comentando as declarações do chanceler ucraniano no Telegram.

Na sua opinião, o ministro do país vizinho não mencionou que "isso não é o posicionamento do Estado ucraniano, mas a 'cantiga' de Washington, que o regime de Kiev aceitou interpretar".

– Mas o fato está confirmado: Zelensky e seus amigos (o que restou deles) não querem a paz – resumiu a diplomata russa.

UE não cancelará sanções

As sanções da União Europeia aplicadas à Rússia na sequência da operação especial na Ucrânia não serão canceladas se a paz for estabelecida nas condições impostas por Moscou, afirmou no domingo o chanceler alemão, Olaf Scholz.

– O fato de termos de manter possivelmente as nossas sanções em vigor durante muito tempo era para nós claro desde o início. Também é claro para nós que, em caso de paz nos termos impostos pela Rússia, nenhuma dessas sanções será cancelada – escreveu Scholz em artigo para o Frankfurter Allgemeine Zeitung.

Ao mesmo tempo, o chanceler admitiu que muitos alemães enfrentam as consequências da política sancionatória, como a gasolina e produtos alimentícios mais caros e os crescentes preços da eletricidade e gás.

– Este caminho não é fácil até para um país tão forte e próspero como o nosso – constatou o líder alemão.

Após o início da operação especial russa de desnazificação e desmilitarização da Ucrânia, o Ocidente endureceu a pressão sobre Moscou. Vários países anunciaram o congelamento de ativos russos, múltiplas empresas estrangeiras abandonaram o país. A União Europeia aprovou já seis pacotes de sanções, inclusive o embargo contra o carvão e petróleo russos.

Porém, as medidas causaram problemas no próprio Ocidente, provocando alta nos preços dos produtos alimentares e combustíveis e resultando em uma inflação galopante.

O Kremlin qualificou as sanções de "guerra econômica sem precedentes" e tomou medidas de resposta, tendo proibido aos investidores estrangeiros retirar dinheiro do sistema financeiro russo e obrigado os compradores europeus de gás a pagar em rublos.

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