Segundo o Ministério da Saúde local, três crianças estão entre os feridos, neste que foi considerado pelo governo de Vladimir Putin como o “ataque mais significativo” contra a capital.
Por Redação, com ANSA – de Moscou
A Ucrânia atacou a Rússia durante a última noite, matando ao menos seis pessoas. Ainda na segunda-feira, forças de Kiev atingiram um mercado em Kursk, onde clientes faziam compras, vitimando três pessoas.

Já nesta terça, o bombardeio atingiu Moscou, matando outros três e ferindo ao menos 18 indivíduos.
Segundo o Ministério da Saúde local, três crianças estão entre os feridos, neste que foi considerado pelo governo de Vladimir Putin como o “ataque mais significativo” contra a capital desde o início da invasão russa no território ucraniano em 2022.
O Ministério da Defesa afirmou que 337 drones de Kiev foram abatidos durante a noite em diversas regiões do país, sendo 91 apenas na área metropolitana de Moscou. Os ataques provocaram incêndios e fecharam aeroportos, forçando o desvio de voos.
De acordo com Kiev, os bombardeios devem “incentivar” Putin a aceitar uma trégua aérea, cuja proposta foi debatida nesta terça-feira entre as delegações ucraniana e norte-americana na Arábia Saudita.
Mas o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, não respondeu se a Rússia aceitaria um cessar-fogo parcial proposto pela Ucrânia, informou á agência russa de notícias Tass.
– É impossível falar de posicionamentos agora. Apenas hoje os americanos descobrirão, como eles mesmos dizem, da boca da Ucrânia, até que ponto os ucranianos estão prontos para a paz – falou Peskov, referindo-se ao encontro entre representantes de Volodymyr Zelensky e Donald Trump no país árabe.
Nesta terça-feira, o alto funcionário ucraniano, Andrii Yermak, disse à imprensa em Jeddah que seu país “está aberto” para negociar uma trégua.
– Estamos muito, muito abertos. E queremos ter uma conversa muito construtiva, profunda, amigável com os nossos parceiros norte-americanos – disse, citado pela CNN.
Guerra
Na última semana, forças russas também atacaram a Ucrânia, deixando dezenas de mortos e feridos.
Zelensky garante que Ucrânia buscou paz desde início da guerra
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, garantiu na segunda-feira que seu país sempre buscou a paz e colocou a Rússia como a responsável pelo prosseguimento da guerra no leste europeu.
O chefe de Estado chegou nesta terça-feira na Arábia Saudita, onde conversará com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman e se encontrará com autoridades norte-americanas.
– A Ucrânia buscou a paz desde o primeiro segundo da guerra. E sempre dissemos que a única razão pela qual a guerra continua é a Rússia – declarou Zelensky.
Ucranianos e norte-americanos discutirão formas para acabar com o conflito no leste europeu. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, definiu como “promissora” a proposta apresentada por Kiev para um cessar-fogo parcial no conflito contra Moscou.
O advogado norte-americano ainda avaliou que a Ucrânia terá que fazer concessões em territórios que a Rússia tomou desde 2014 como parte de qualquer acordo para acabar com a guerra.
– O mais importante é que a Ucrânia esteja preparada para fazer coisas difíceis, assim como os russos terão que fazer coisas difíceis para acabar com este conflito ou pelo menos pará-lo – disse Rubio, citado pelo jornal New York Times, sem esclarecer quais concessões ambos os lados teriam que fazer.
O secretário declarou que provavelmente discutiria a retomada da ajuda militar com os ucranianos na Arábia Saudita, e que a posição dos EUA sobre o assunto poderia mudar se a Ucrânia se mostrasse seriamente comprometida com a paz.