Carla Hayden foi demitida em um e-mail conciso enviado por um assessor de Trump, informando à bibliotecária que seu trabalho foi encerrado “imediatamente”.
Por Redação, com Europa Press – de Washington
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu a bibliotecária do Congresso, Carla Hayden, a primeira mulher negra a ocupar esse cargo, em uma decisão repudiada pelo Partido Democrata, de oposição, como um ato de racismo.

Hayden foi demitida em um e-mail conciso enviado por um assessor de Trump, informando à bibliotecária que seu trabalho foi encerrado “imediatamente”, de acordo com a ordem captada pela CBS e posteriormente confirmada por um porta-voz da Biblioteca do Congresso à NBC. Nem o e-mail nem o porta-voz forneceram os motivos exatos da demissão.
O ex-bibliotecário vinha sendo atacado há semanas pelo grupo conservador American Foundation for Accountability, que acusou Hayden de promover o acesso a livros sobre “identidade de gênero radical”. A organização aplaudiu a demissão de Hayden nas mídias sociais e agradeceu a Trump por sua decisão de remover o “radical” do cargo.
Hayden foi nomeado em 2016 pelo então presidente Barack Obama e confirmado pelo Senado por uma maioria significativa de 74 votos a 18, ou seja, com algum apoio da bancada republicana.
Cultura negra
Os democratas vêm denunciando o governo Trump há meses por seguir uma política de erosão da cultura negra nas instituições dos EUA, como as forças armadas, onde o secretário de Defesa, Pete Hegseth, prometeu eliminar todas as iniciativas pró-diversidade e antidiscriminação.
Em uma das primeiras reações à demissão de Hayden, o líder da minoria democrata na câmara baixa do Congresso dos EUA, Hakeem Jeffries, denunciou a demissão como uma “decisão injusta” e o mais recente episódio dos esforços de Trump para banir livros, encobrir a história norte-americana e voltar o relógio” para tempos passados.