A companhia aérea American Airlines chegou a negar que se tratasse de um cancelamento, mas depois de a notícia vazar, foi anexada ao site oficial da empresa.
Por Redação, com Ansa - de Nova York, NY-EUA
Um voo da American Airlines entre Nova York e Malpensa, nos arredores de Milão, foi cancelado na noite deste sábado, após a tripulação ter se recusado a subir a bordo por medo do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
O voo da American Airlines entre NY e Milão foi cancelado após protesto da tripulação
A informação inicial foi transmitida à agência italiana de notícias Ansa, na véspera, pelo advogado italiano Alessandro Mezzanotte, um dos passageiros do voo, e confirmada na manhã deste domingo pelas agências internacionais de notícias. A companhia aérea chegou a negar que se tratasse de um cancelamento, mas depois de a notícia vazar, foi anexada ao site oficial da empresa.
Coronavírus
Mezzanotte contou que o procedimento de embarque ocorria normalmente, até que, de repente, os passageiros que já estavam no finger e no avião foram forçados a voltar. Funcionários da American Airlines no aeroporto JFK explicaram que a tripulação se negava a subir a bordo por causa do coronavírus.
A Itália é o terceiro país mais atingido pela epidemia, com 1.128 casos e 29 mortes, segundo o Ministério da Saúde. Poucas horas antes, o governo dos Estados Unidos havia elevado de três para quatro (nível máximo) o alerta contra viagens para as regiões italianas mais atingidas pelo coronavírus.
Os italianos impedidos de voar pela American Airlines serão repatriados em um avião da Alitalia. Horas depois do cancelamento, a companhia americana suspendeu todos os seus voos para Milão até 24 de abril. A mesma medida, mas para toda a Itália, foi tomada pela Turkish Airlines.
Vítimas
Quase 20 países do mundo já proibiram a entrada de pessoas provenientes da Itália, incluindo Israel, Arábia Saudita, Bahrein e Kuwait. Outros, como Romênia, Malta e Islândia, estabeleceram quarentena voluntária para passageiros provenientes das regiões mais atingidas.
O total de 90% dos casos de Sars-CoV-2 na Itália se concentram em três regiões: Lombardia (615), Emilia-Romagna (217) e Vêneto (191).
No mundo todo, a epidemia já contaminou 87 mil pessoas e matou quase 3 mil. Mais de 10 países já registraram falecimentos, incluindo Estados Unidos e Austrália, que anunciaram suas primeiras vítimas neste fim de semana.