Protesto no CT Rei Pelé expõe crise do clube, que amarga goleada histórica e risco de rebaixamento.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
A crise no Santos Futebol Clube ganhou um novo capítulo na terça-feira. Revoltados com a goleada de 6 a 0 para o Vasco no último fim de semana, torcedores uniformizados invadiram o CT Rei Pelé, na Baixada Santista, para protestar contra jogadores e dirigentes. Entre os principais alvos das críticas estava Neymar, que voltou recentemente ao clube e foi duramente confrontado.
Durante a confusão, vídeos registraram torcedores cercando o craque e exigindo mudanças imediatas. “Vocês estão de brincadeira com a nossa cara! Isso aqui que está acontecendo é pouco”, gritou um dos manifestantes. Outro foi ainda mais agressivo: “Vocês tinham que tomar tapa na cara de mão aberta, essa que é a realidade”. Neymar, visivelmente constrangido, respondeu de forma breve: “Estamos tentando mudar as coisas”.
Elenco pressionado e clima tenso no clube
Além de Neymar, o goleiro Gabriel Brazão, o zagueiro Gil e o diretor de futebol Alexandre Mattos também participaram da conversa com os torcedores. Os atletas foram cobrados por resultados e pela postura em campo, enquanto dirigentes foram criticados pela falta de planejamento.
A invasão acontece em um momento delicado para o Santos. O time ocupa a 15ª colocação no Campeonato Brasileiro, com apenas dois pontos de vantagem sobre a zona de rebaixamento. A goleada sofrida para o Vasco acendeu o alerta na Vila Belmiro e aumentou a pressão sobre a diretoria, que busca soluções para evitar uma nova queda à Série B.
Próximos passos e risco de punição
O episódio deve gerar consequências dentro e fora de campo. A Cúpula do Santos avalia reforçar a segurança no CT e pode acionar as autoridades para identificar os torcedores envolvidos. A invasão também pode levar o clube a ser denunciado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que pode aplicar multas e até perda de mando de campo.
A relação entre a torcida e o elenco, que já vinha desgastada, agora atinge um nível crítico. Com um calendário apertado e confrontos diretos contra rivais da parte de baixo da tabela, a pressão sobre Neymar e companhia promete aumentar ainda mais.