O tiroteio, segundo fontes médicas do hospital Al Shifa disseram à agência de notícias palestina Sanad, ocorreu no posto da GHF na área de Zikim.
Por Redação, com Europa Press – Gaza
Médicos palestinos em Gaza informaram que há ao menos 34 mortos e mais de 160 feridos após, segundo denunciam, um novo ataque israelense contra uma multidão reunida neste domingo em torno de um posto de distribuição de ajuda da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), no norte do enclave palestino.
O tiroteio, segundo fontes médicas do hospital Al Shifa disseram à agência de notícias palestina Sanad, ocorreu no posto da GHF na área de Zikim. O Al Shifa recebeu pelo menos 34 mortos e 70 feridos, enquanto o hospital de campanha Al Saraya, operado pelo Crescente Vermelho Palestino, recebeu outros 95.
No último sábado, a GHF teve que negar seu envolvimento em outro incidente que deixou mais de trinta pessoas mortas em torno de outro de seus centros de distribuição de ajuda, dessa vez no sul de Gaza, embora tenha confirmado a “atividade das Forças de Defesa de Israel”, embora “a vários quilômetros do centro de distribuição de ajuda humanitária mais próximo” e horas antes de sua abertura.
“Temos advertido repetidamente as pessoas que buscam ajuda a não se deslocarem para nossos centros à noite ou nas primeiras horas da manhã”, acrescentou em uma mensagem publicada em sua conta no X.
A organização israelense-americana, questionada pela ONU por sua ineficácia e falta de neutralidade, mais uma vez pediu que a ONU comprometesse seu apoio e o utilizasse para entregar a ajuda humanitária internacional que continua suspensa na fronteira de Gaza devido ao bloqueio contínuo de Israel.
Exército israelense
O exército israelense lançou neste domingo uma ordem de evacuação forçada no prelúdio do que será sua primeira operação terrestre na cidade de Deir al-Bala’a, em Gaza, no centro do enclave palestino.
– As Forças de Defesa de Israel (IDF) continuam a operar com grande força para destruir as capacidades inimigas e a infraestrutura terrorista na área, enquanto expandem suas atividades para uma área onde nunca operaram antes – disse o porta-voz do exército em árabe, coronel Avichai Adraee.
A ordem de evacuação afeta nove setores no sudoeste da cidade e reduz pela metade a área costeira de Gaza, onde centenas de milhares de palestinos estão se abrigando das operações israelenses no enclave.
As Nações Unidas e as ONGs denunciaram essas ordens desde o início por constituírem um deslocamento forçado da população contrário à lei internacional e por representarem um perigo duplo para os habitantes de Gaza, já que a chamada “zona segura” da área costeira de Al Mauasi, onde eles estão se refugiando, também não foi poupada dos bombardeios israelenses.