Homem deve passar por audiência de custódia; plano de ataque mirava público LGBTQIA+ e crianças.
Por Redação, com Agenda do Poder – de Brasília
Um dos investigados por envolvimento no plano de atentado ao show de Lady Gaga em Copacabana foi solto após o pagamento de fiança.

O suspeito, identificado como Luis Fabiano da Silva, foi preso em flagrante no município de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, por porte ilegal de arma de fogo. A liberação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul ao portal Metrópoles, que revelou a informação nesta segunda-feira.
Segundo o TJRS, “a fiança foi fixada pela autoridade policial, ele está em liberdade e passará por audiência de custódia”. O procedimento está marcado para esta segunda-feira.
A soltura do suspeito gerou grande repercussão nas redes sociais, sobretudo devido à gravidade das acusações e ao fato de que ele foi preso portando uma arma ilegal. Informações preliminares da investigação indicam que o plano tinha motivações terroristas e estava voltado contra crianças, adolescentes e pessoas LGBTQIA+.
A deputada federal Erika Hilton se manifestou sobre o caso em uma publicação na plataforma X, antigo Twitter, criticando duramente a decisão: “O homem acusado de ser líder do grupo que planejou um atentado terrorista no show da Lady Gaga foi solto pela justiça no Rio Grande do Sul após pagar fiança. O grupo que ele liderava também promovia a pedofilia, a misoginia e a LGBTfobia por meio das redes sociais. Além disso, no momento de sua prisão em flagrante, ele estava com uma arma de fogo ilegal”, escreveu.
Operação Fake Monsters
O plano de ataque foi descoberto e frustrado graças à Operação Fake Monsters, deflagrada no sábado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A operação desarticulou um grupo extremista que, segundo os investigadores, planejava um atentado durante o megashow da cantora americana em Copacabana. O espetáculo aconteceu no último fim de semana e reuniu mais de 1 milhão de pessoas.
A investigação aponta que o grupo pretendia usar coquetéis molotov e explosivos improvisados para atingir o público do evento. O alvo, segundo informações da coluna de Mirelle Pinheiro no portal Metrópoles, incluía especialmente crianças, adolescentes e a comunidade LGBTQIA+, dentro de uma suposta lógica de ódio e rituais satânicos.
O plano fazia parte de um “desafio coletivo”, uma espécie de competição entre extremistas pela obtenção de visibilidade nas redes sociais. Jovens e até menores de idade teriam sido aliciados para executar diferentes funções dentro do atentado, que teria ações coordenadas.
A operação cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em quatro estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, abrangendo nove cidades. Foram apreendidos dispositivos eletrônicos e materiais diversos que estão sendo analisados pela perícia técnica.