Por Vitoria Carvalho, da Sucursal de Brasília
A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) sediou, um simpósio dedicado à conscientização e ao fortalecimento das políticas públicas voltadas ao tratamento do lúpus. A iniciativa, promovida pelo deputado distrital Robério Negreiros (PSD), ocorreu em parceria com a Associação Nacional de Pessoas com Lúpus (ANPLúpus) e a Sociedade de Reumatologia de Brasília.
O evento reuniu pacientes, familiares, profissionais da saúde e representantes de órgãos públicos para discutir avanços, desafios e caminhos para garantir mais qualidade de vida às pessoas diagnosticadas com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), doença autoimune crônica que atinge principalmente mulheres.

Abertura o evento
Durante os painéis, especialistas abordaram temas como inovações terapêuticas, suporte psicológico, nutrição e os entraves enfrentados por pacientes na obtenção de benefícios previdenciários. Também foi destaque a necessidade de revisar diretrizes e protocolos que limitam o acesso aos tratamentos já disponíveis no país.
Na abertura do simpósio, o deputado Robério Negreiros ressaltou a importância de iniciativas que promovam o diálogo entre poder público e sociedade civil. “O lúpus ainda é cercado de desinformação. Por isso, eventos como este são fundamentais para compartilhar experiências, fomentar o conhecimento e construir políticas mais eficientes”, afirmou.
Entre os participantes, estiveram presentes a reumatologista Tainá Carneiro, da Secretaria de Saúde do DF; Flávia Leite dos Santos, da Defensoria Pública do DF; Djane Bento, presidente da ANPLúpus; e representantes da Sociedade Brasileira de Dermatologia e do Conselho Regional de Medicina do DF.
Reconhecimento
Durante o simpósio, foi entregue uma moção de louvor ao médico reumatologista Francisco Aires, em reconhecimento à sua trajetória de dedicação ao serviço público e à saúde da população. Com mais de cinco décadas de atuação, Aires foi pioneiro no atendimento a pacientes com lúpus no DF e, mesmo após a aposentadoria, segue como voluntário no Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB).
Em seu discurso, o médico alertou para a realidade de muitos pacientes que, apesar da existência de medicamentos no mercado, não conseguem acesso ao tratamento por falhas na gestão pública. “A nossa luta é para mudar a forma como o sistema de saúde pública enxerga o lúpus. Muitos ainda morrem por falta de acesso a medicamentos que já estão aprovados e disponíveis no Brasil”, destacou.
O simpósio foi encerrado com o compromisso conjunto de buscar soluções concretas para ampliar o acesso ao diagnóstico precoce, fortalecer o apoio aos pacientes e garantir políticas públicas que respondam às demandas de quem convive com a doença.