Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Rússia informa que derrubou 120 drones ucranianos em 12 regiões

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Sexta, 24 de Janeiro de 2025 às 10:47, por: CdB

O Ministério da Defesa da Rússia disse que as forças de combate aéreo “interceptaram e destruíram” os dispositivos, um deles sobre a península da Crimeia, anexada pela Rússia.

Por Redação, com CartaCapital – de Moscou

A Rússia anunciou nesta sexta-feira que derrubou 120 drones ucranianos em 12 regiões durante a noite de quinta-feira, incluindo Moscou, em um dos maiores ataques desse tipo em seu território no conflito de quase três anos.

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Cartaz em Moscou com imagem de um líder militar e a frase “orgulho da Rússia”

O Ministério da Defesa da Rússia disse que as forças de combate aéreo “interceptaram e destruíram” os dispositivos, um deles sobre a península da Crimeia, anexada pela Rússia.

Rússia bombardeia Kiev

Enquanto isso, a Rússia usou drones para bombardear um edifício residencial e uma casa na região de Kiev, matando pelo menos três pessoas e ferindo várias outras, segundo autoridades ucranianas.

– Infelizmente, três pessoas morreram – disse o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Autoridades regionais já haviam relatado duas mortes.

O ataque destruiu uma casa na cidade de Brovary, a leste de Kiev, onde um casal morreu, informou o serviço estadual de emergência (DSNS).

O corpo da terceira vítima, um homem, foi encontrado em um prédio residencial parcialmente danificado por destroços de drones na cidade de Glevakha, a sudoeste da capital, disse a fonte.

Mediação sobre a guerra

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a criticar na quarta-feira o presidente Lula (PT) e alegou que o Brasil não exerce mais um papel relevante na mediação da guerra deflagrada pela Rússia.

– Hoje eu acho que o trem do Brasil, para ser sincero, passou – disse o ucraniano. “Falei com Lula, nos encontramos e pedi que ele fosse um parceiro para acabar com a guerra etc. Agora ele não é mais um ‘player‘. Ele também não será um ‘player‘ para Trump.”

A declaração foi proferida após uma pergunta da TV Globo em uma entrevista às margens do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

As rusgas, contudo, não são recentes. Em setembro de 2024, durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, Zelensky afirmou recusar o plano de paz proposto por Brasil e China. Lula rebateu prontamente: “Não tem proposta de Brasil e China, tem uma tese de que é importante começar a conversar. Eu vou dizer mais: ele, se fosse esperto, diria que a solução é diplomática, não é militar. Isso depende da capacidade de sentar e conversar, ouvir o contrário e tentar chegar a um acordo para que o povo ucraniano tenha sossego na vida”.

Meses antes, em maio, China e Brasil declararam “apoiar uma conferência internacional de paz, a ser realizada em um momento apropriado, reconhecida pela Rússia e pela Ucrânia, com participação igual de todas as partes relevantes, bem como uma discussão justa de todos os planos de paz”.

Ao longo de 2023, o presidente ucraniano já havia demonstrado incômodo com a postura do Brasil. Em agosto daquele ano, disse, por exemplo, ter pensado que Lula “tinha uma compreensão maior do mundo”.

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