Rio de Janeiro, 27 de Junho de 2025

Riqueza acumulada por 1% dos mais ricos acabaria com a miséria no mundo

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Quinta, 26 de Junho de 2025 às 20:15, por: CdB

Esta nova análise revelou um “aumento astronômico” na riqueza privada entre 1995 e 2023, com um crescimento de US$ 342 bilhões (€ 296,4 bilhões), oito vezes maior que o aumento da riqueza pública.

Por Redação, com Reuters – de Londres

Um relatório divulgado nesta quinta-feira pela Oxfam Internacional concluiu que a riqueza acumulada desde 2015 por 1% dos mais ricos do mundo permitiria erradicar a pobreza nos próximos 22 anos. No documento ‘Do lucro privado ao poder público: financiar o desenvolvimento, não a oligarquia’, a organização não governamental denunciou que a riqueza dos 1% mais ricos aumentou US$ 33,9 bilhões (cerca de € 29 bilhões) em termos reais desde 2015, quando foram acordados os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Riqueza acumulada por 1% dos mais ricos acabaria com a miséria no mundo | Aumenta a concentração de renda com cada vez mais bilionários e, assim, na relação oposta, o número de miseráveis no mundo
Aumenta a concentração de renda com cada vez mais bilionários e, assim, na relação oposta, o número de miseráveis no mundo

O montante seria o suficiente para acabar com a pobreza anual 22 vezes, denunciou a Oxfam, no relatório publicado no âmbito da preparação da Conferência Internacional sobre o Financiamento do Desenvolvimento, que ocorre na próxima semana em Sevilha, no Sul de Espanha.

Esta nova análise revelou um “aumento astronômico” na riqueza privada entre 1995 e 2023, com um crescimento de US$ 342 bilhões (€ 296,4 bilhões), oito vezes maior que o aumento da riqueza pública.

 

Multimilionários

O documento acusa os governos ricos de promoverem os maiores cortes na ajuda ao desenvolvimento, “algo essencial para a sobrevivência”, desde que os registros de ajuda começaram em 1960.

“A riqueza de apenas três mil multimilionários aumentou US$ 6,5 bilhões (€ 5,63 bilhões) em termos reais desde 2015 e representa agora o equivalente a 14,6% do PIB mundial”, afirmou a ONG.

A análise argumentou ainda que só os países do G7 (grupo dos sete países mais desenvolvidos do mundo), que representam cerca de três quartos de toda a ajuda oficial, estão reduzindo este apoio financeiro em 28% até 2026, em comparação com 2024.

Ao mesmo tempo, a crise da dívida “está levando à falência os países pobres, que estão pagando muito mais aos seus credores ricos do que podem gastar em salas de aula ou hospitais”.

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